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Passado um ano, os consumidores brasileiros ainda sofrem o impacto financeiro generalizado da COVID-19

As famílias de baixa renda foram as mais impactadas, 75% delas, em comparação a 57% das famílias de classe média e 35% da classe alta

24/5/2021 –

As famílias de baixa renda foram as mais impactadas, 75% delas, em comparação a 57% das famílias de classe média e 35% da classe alta

A TransUnion, companhia global de soluções de informação, insights de dados e prevenção à fraude, divulga as conclusões do primeiro trimestre de 2021 do Consumer Pulse Study (http://transu.co/6001yB3i1) no qual aponta que a maioria dos lares brasileiros, especialmente os de baixa renda, sofre os efeitos financeiros negativos devido à pandemia da COVID-19. Os consumidores continuam preocupados com sua capacidade de cumprir com suas obrigações financeiras e, até agora, apenas 28% receberam alguma forma de auxílio financeiro, como adiamentos, perdões ou férias.

O Consumer Pulse Study do primeiro trimestre inclui uma pesquisa com 1.101 consumidores brasileiros, realizada entre os dias 5 e 9 de março de 2021. Embora a TransUnion tenha estudado o impacto econômico da pandemia nos últimos 12 meses, esta foi a primeira onda que mediu o efeito da COVID-19 sobre a renda familiar brasileira e as perspectivas financeiras. A maioria dos consumidores brasileiros (85%) afirma que sua renda familiar estava sendo, ou foi, afetada negativamente durante o ano passado, e que 90% dos consumidores afetados expressaram preocupação com o pagamento de contas e empréstimos.

“Um ano após a pandemia, é claro que as consequências econômicas ainda estão sendo sentidas pelos consumidores brasileiros”, explicou Claudio Pasqualin, Diretor de Desenvolvimento de Negócios da TransUnion Brasil. “Embora esta tendência tenha impactado mais fortemente os consumidores de baixa renda, vemos altos níveis de ansiedade e preocupação em todas as idades e grupos socioeconômicos. Dados os desafios financeiros que muitos brasileiros enfrentam atualmente, as instituições financeiras devem estar preparadas para educar os consumidores sobre diferentes produtos e programas que possam ajudar a lidar com esses desafios”.

Dos 85% dos lares brasileiros que indicaram que sua renda familiar foi afetada negativamente durante o ano passado, 59% estão sofrendo com essa situação até este momento, e 26% indicaram que sofreram impacto negativo em 2020. Os principais impactos relatados foram a perda do emprego (45%) ou a redução da carga horária de trabalho (29%) de alguém no domicílio. Além disso, 13% tiveram que fechar um pequeno negócio que possuíam ou perderam seus clientes ou pedidos devido às restrições da COVID-19. Entre os consumidores que foram afetados, 41% indicaram que suas finanças ainda não se recuperaram, enquanto 52% afirmaram que suas rendas se recuperaram de alguma forma. Apenas 7% indicaram que suas finanças estão totalmente recuperadas.

Este impacto negativo está espalhado por diferentes idades e demografias socioeconômicas, embora o estudo demonstre claramente que as famílias de menor renda são atualmente as mais afetadas (75%). Isto se compara a 57% dos domicílios de classe média e 35% dos domicílios de classe alta que relatam os impactos financeiros negativos atuais. Entre os grupos etários, a Geração Z, que engloba as pessoas nascidas entre 1995 e 2002, foi um pouco menos afetada (59%), em comparação com todas as outras gerações, cada uma apontando que 61% estão atualmente sofrendo problemas financeiros.

“Embora a pandemia tenha definitivamente atingido mais duramente as famílias de baixa renda, é claro que os impactos financeiros negativos da COVID-19 chegaram para todos os grupos demográficos e etários”, explicou Pasqualin. “A recuperação econômica terá que incluir todos para que seja bem-sucedida, e as instituições financeiras devem procurar se conectar com diferentes grupos etários e classes sociais para atender às necessidades de todos. Nesse contexto, um ponto muito positivo é o crescimento do número de Fintechs e instituições de pagamento, que trazem excelentes oportunidades de inclusão financeira”.

90% dos consumidores que relataram impacto financeiro negativo devido à COVID-19 expressaram preocupação sobre sua capacidade de pagar contas e cumprir obrigações de dívida. E 61% deles acreditam que não conseguirão pagar pelo menos uma de suas contas e empréstimos atuais na sua totalidade, sendo que 40% desses consumidores esperam entrar em déficit dentro de um mês. Ter condições para pagar todas as contas é um grande temor dos consumidores, especialmente os da Geração X, pessoas nascidas entre 1965 e 1979, já que 96% deles expressam preocupação quanto a isso.

Para administrar as dificuldades financeiras da pandemia, os consumidores têm feito mudanças em seu orçamento doméstico. Em março de 2021, 64% dos consumidores afetados indicaram ter cortado gastos facultativos – o que acabou também saindo do orçamento diante do cenário de necessidade de isolamento social (alimentação fora do lar, entretenimento, viagens etc.), enquanto 34% cancelaram ou reduziram serviços digitais – o que pode comprometer o trabalho em home office e/ou o estudo online, e 32% cancelaram assinaturas ou adesões. Desses consumidores impactados, 22% indicaram ter recebido seguro-desemprego, subsídios governamentais ou indenizações por demissão, 8% disseram ter iniciado em um novo emprego ou atividade geradora de receita, e 30% usaram mais o crédito disponível.

Apesar da ansiedade generalizada sobre o cumprimento das obrigações financeiras, apenas 28% dos consumidores pesquisados indicaram que receberam alguma forma de auxílio financeiro, como um adiamento, tolerância ou pagamento de férias no ano passado. Entre os consumidores de baixa renda este número é de 23%, embora eles tenham relatado o impacto financeiro mais negativo.

“Os consumidores brasileiros não estão utilizando as chamadas acomodações financeiras, embora estejam passando por dificuldades econômicas em todas as faixas etárias e classes sociais”, disse Pasqualin. “Os consumidores podem não estar cientes de todas as acomodações que estão disponíveis, portanto, os credores devem dedicar tempo para apoiá-los e educar sobre as oportunidades que podem ajudar a superar suas dificuldades financeiras. Se a maioria dos consumidores está sofrendo impacto financeiro negativo, mas apenas um terço está procurando estas alternativas, existe a possibilidade de haver uma lacuna de conscientização que os financiadores podem atender para ajudar na administração das finanças através da educação e da divulgação, o que beneficiará credores e devedores”.

Para obter insights: http://transu.co/6003yB39T

Website: https://www.transunion.com//business