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Segundo a OMS, a escoliose pode afetar 2% a 4% da população mundial

A escoliose pode se desenvolver de diferentes formas e seu tratamento é realizado de maneiras diversas em relação ao tipo de escoliose, ao grau de curvatura e à necessidade do paciente.

São Paulo, SP 26/8/2021 – Embora muitas pessoas acreditem que o problema é resultante de maus hábitos posturais, isso não é necessariamente verdade.

A escoliose pode se desenvolver de diferentes formas e seu tratamento é realizado de maneiras diversas em relação ao tipo de escoliose, ao grau de curvatura e à necessidade do paciente.

Em média 80% da população terá alguma crise de dor nas costas, pelo menos, duas vezes na vida e um dos principais motivos é a escoliose, que afeta de 2% a 4% da população mundial, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).

A escoliose é caracterizada pelo desvio lateral da coluna, formando uma curvatura anormal que pode afetar tanto a região lombar, torácica ou cervical e pode apresentar a alteração em diferentes graus e tipos, resultando em transtornos tanto de ordem estética como funcional, causando dores e até mesmo comprometendo a função pulmonar.

Segundo o especialista em ortopedia com foco em coluna, Dr. Carlos Eduardo Barsotti, “Muitas pessoas acreditem que o problema é resultante de maus hábitos posturais, isso não é necessariamente verdade. Em geral é o desvio característico da escoliose que resulta na má postura do paciente”, os casos mais graves podem limitar a mobilidade do indivíduo e reduzir o espaço do tórax em que estão os órgãos do sistema respiratório e cardíaco.

A gravidade da alteração pode ser determinada a partir do grau da curvatura apresentada pela coluna, o que também ajuda na definição do tipo de tratamento necessário para garantir qualidade de vida ao paciente.

A escoliose pode ser classificada entre 5 níveis diferentes.

  • Até 10 graus: curva fisiológica, geralmente sem necessidade de tratamento;
  • Entre 10 a 20 graus: curva leve, já demandando a necessidade de acompanhamento especializado;
  • De 20 a 40 graus: curva moderada;
  • Mais de 40 a 45 graus: curva moderada a grave.

As causas da escoliose são divididas em:

  • Escoliose congênita: este tipo de escoliose está presente desde o nascimento e é resultante da ocorrência de má formação ou divisão das vértebras;
  • Escoliose neuromuscular: é causada a partir de sequelas de doenças neurológicas ou musculares;
  • Escoliose idiopática: não possui causas conhecidas e apresenta características e níveis de evolução variados, sendo o tipo mais frequente de escoliose;
  • Escoliose de início precoce: caracteriza-se pelo aparecimento da curvatura em idade precoce, antes dos 10 anos;
  • Escoliose degenerativa do adulto: é causada pela degeneração de discos da coluna vertebral e de suas articulações, sendo resultante do avanço da idade.

A maioria dos casos é considerada de causas desconhecidas (idiopática), embora fatores genéticos possam influenciar no desenvolvimento da doença. Outras causas da alteração estão relacionadas a doenças como paralisia cerebral e poliomielite, além de má formação congênita e trauma.

Postura inadequada, sedentarismo, obesidade e prática inadequada de exercícios físicos são alguns hábitos que podem favorecer o desenvolvimento da escoliose, mas não são fatores decisivos para o aparecimento da curvatura.

Os primeiros responsáveis por auxiliar no diagnóstico da alteração são os pais ou o próprio paciente, que identificam as assimetrias citadas. “A escoliose se desenvolve principalmente na adolescência. Deste modo, é o pai ou a mãe da criança que começa a perceber uma assimetria entre os ombros, e esse é o primeiro sinal da escoliose”, comenta Dr. Carlos Eduardo. 

Alguns sinais clínicos que podem ser observados em quadros de curvatura da coluna e que acendem um alerta para o diagnóstico são:

  • Mamilos em alturas diferentes;
  • Caixa torácica que parece ser maior de um lado, em comparação ao outro;
  • Pernas aparentando ter tamanhos diferentes uma da outra;
  • Escápula pronunciada em apenas um dos lados do corpo;
  • Costelas em alturas diferentes;
  • Desconforto muscular.

Por mais que os sinais visuais apontem para a possibilidade da alteração, o diagnóstico oficial da escoliose deve ser feito por um médico ortopedista, que faz um exame clínico minucioso e solicita exames de imagem para confirmar a presença do desvio.

O tratamento da escoliose é sempre individualizado, e depende diretamente de fatores como a causa do problema, o grau da curvatura, a velocidade com que a deformidade está evoluindo, a idade do paciente e os desconfortos sentidos por ele.

Website: https://drcarlosbarsotti.com.br/