De 2020 até agora, dezenas de milhões de crianças e adolescentes de escolas públicas foram impactados pela suspensão das aulas.
O Brasil vive um dos períodos mais sombrios para a educação, área que por si só já tinha desafios extremos antes mesmo da pandemia de Covid-19. O cenário atual, segundo o Anuário Brasileiro da Educação Básica 2020, representa a maior crise para educação. Isso agrava ainda mais as desigualdades de oportunidades de aprendizagem de alunos de diferentes cantos do país. Foram dezenas de milhões de crianças e adolescentes de escolas públicas impactadas com escolas fechadas e aulas interrompidas desde março do ano de 2020.
Quanto às consequências desse cenário para o aprendizado no Brasil, segundo um estudo encomendado pela Fundação Lemann e liderado por André Portela (Fundação Getulio Vargas – FGV EESP), a perda no aprendizado dos componentes curriculares de Português e Matemática teriam uma queda equivalente ao retorno à proficiência brasileira de dois anos atrás. Isso gira em algo próximo a 10 pontos na escala do Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB).
Entretanto, mesmo diante de tantas dificuldades é possível amenizar o baque na formação de muitos dos alunos impactados com a perda de conteúdos curriculares. Na opinião de Claudia Costin, ex-diretora de Educação do Banco Mundial e professora visitante na Faculdade de Educação de Harvard, um dos caminhos para a recuperação da aprendizagem está no reforço do ensino remoto.
Reforço escolar social
Nesse sentido, uma solução para atenuar esse impacto – chamada de Reforço Escolar Social – pode fazer a diferença para muitas crianças e adolescentes. A iniciativa de um empreendedor social graças a uma parceria costurada por ele com escolas do município, ONGs voltadas para educação e profissionais de pedagogia.
Com lançamento previsto para o início de outubro, Leonardo Saboia (Pedagogo com especialização em Responsabilidade Social) tem batido de porta em porta para angariar fundos para a iniciativa. O objetivo é oferecer aulas gratuitas de reforço escolar de forma remota e no contra turno escolar de escolas do município do Rio de Janeiro.
Ele defende o Investimento Social Privado (repasse de recursos privados), como prefere chamar os parceiros doadores no projeto. “Aporte de recursos em projetos sociais por meio da educação é investimento e não despesa!”, reforça Leonardo Saboia.
Website: http://www.educacaonaoformal.com.br