Com quase 300 mil seguidores na internet, Felipe Valentim costuma viralizar nas redes com ações de solidariedade e de empatia. Mas o vídeo com “um dos pedidos mais importantes da vida” é o que tem gerado maior repercussão. Em três dias, são mais de 2 milhões de visualizações. Na gravação, ele faz um pedido a Joninhas: “Aceita ser meu filho?”. O menino, de quatro anos, cai nas lágrimas (e aceita o pedido de adoção <3).
“Eu conheci o Joninhas tem em torno de 4 anos, numa ação solidária de Natal que a gente estava fazendo. Ele era bebezinho na época ainda, lembro que ele estava chorando, eu peguei ele no colo vestido de Papai Noel e ele parou de chorar. Foi momento muito bonito”, conta Felipe. Foi a partir dessa visita que a relação entre ele e a família cresceu e se fortaleceu. “De lá pra cá eu sempre tenho acompanhado ele, tenho ajudado a família dele. E a gente tem uma relação muito próxima, assim, de pai mesmo”, completa.
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Relação de pai e filho
Joninhas mora com a mãe. O pai biológico abandonou a família logo que o menino nasceu. Dessa forma, o “tio Felipe” acabou ganhando espaço na vida da criança. “Eu vi que ele sentia muita falta da figura paterna, porque cada visita que eu fazia na casa deles, ele ficava tranquilo, ficava sereno e sempre foi a nossa relação de pai e filho, mesmo”.
Segundo Felipe, a conexão com o pequeno se tornou tão forte, que ele não poderia imaginar outro desfecho a não ser se tornar pai do garoto, efetivamente. Criou coragem e conversou a mãe de Joninhas. “Disse que eu gostaria de fazer a inclusão socioafetiva, na certidão de nascimento dele, como pai dele mesmo. Quero puxar para mim essa responsabilidade, porque ele é um garotinho muito especial, com o coração muito grande e eu o considero meu filho, já”.
O pedido de adoção foi feito em um bilhete. O momento foi emocionante.
Recentemente, outro vídeo da dupla ganhou repercussão na internet. Joninhas havia pedido a Felipe um “filhinho”, uma boneca para que ele pudesse ser pai – já que não teve até o momento a figura paterna em sua vida.
Adoção socioafetiva
Segundo o Ministério Público do Paraná, a filiação socioafetiva “é o reconhecimento jurídico da maternidade e/ou paternidade com base no afeto, sem que haja vínculo de sangue entre as pessoas, ou seja, quando um homem e/ou uma mulher cria um filho como seu, mesmo não sendo o pai ou mãe biológica da criança ou adolescente”.
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