João Pedro Arruda, estudante do 1º ano do ensino médio do Colégio Estadual Militar em Jandaia do Sul, no Paraná, desenvolveu um projeto que transforma garrafas pet em fios de impressora 3D. O projeto “Pet Recycler do Nano Makers” saiu do papel com a ajuda do campus avançado da Universidade Federal do Paraná (UFPR) de Jandaia do Sul.
A ideia de João Pedro nasceu há mais ou menos seis meses. O diretor do campos em Jandaia do Sul, José Eduardo Padilha de Sousa, conta que a parceria surgiu a partir do encontro entre ele e o professor do Colégio, Sinderlei Aparecido Pimenta, durante um evento da UFPR. “O professor visitou o campus e viu o laboratório que eu coordeno, o Laboratório Maker. É onde a gente tem impressoras 3D, máquinas de corte a laser, toda aquela parte de marcenaria, eletrônica. A gente apresentou para ele três impressoras que construímos, ele gostou da ideia e apresentou isso para a turma que ele dá aula no Ensino Médio”, lembra.
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Um problema comum dos alunos de robótica é conseguir peças de decoração para maquetes ou outras peças de eletrônica. Para resolver o problema da falta de matéria-prima, a proposta de transformar garrafa pet em filamento traz benefícios tanto para o meio ambiente quanto para a economia. “Eu achei que com isso pelo menos o primeiro problema seria resolvido”, explica o estudante João Pedro.
Como a máquina funciona
A máquina é um equipamento que recebe o material plástico em formato de filete, que passa por uma parte quente até uma temperatura em que o plástico fique mole e passe por um outro sistema virando um filamento de impressora 3D.
As garrafas pet utilizadas no projeto são arrecadadas no próprio Colégio Estadual Militar. A ideia é criar um ecoponto dentro do colégio para arrecadas essas garrafas pet. No campus UFPR de Jandaia do Sul existe um programa chamado PAS (Práticas Ambientais Sustentáveis) que tem dois contêineres de garrafa pet. Parte das garrafas arrecadadas são destinadas para o projeto.
Próximos passos
O próximo passo é que o projeto se replique dentro da escola. “Nos temos uma máquina que foi o nosso MVP (Produto minimamente viável). Ele funciona, ele está bem estruturado. E a nossa ideia agora é que isso aí vire um projeto para a gente levar para a escola, para eles criarem mais máquinas e que não fique somente nessa escola, mas que seja implementado em outras escolas”, explica Padilha.
O professor Sinderlei enfatiza sobre as expectativas do projeto. “Agregado à conscientização de nossos alunos que devemos aproveitar não só as garrafas pet, mas também outros materiais trazendo muitos benefícios, principalmente climáticos”, finaliza.
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