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Amamentação induzida ajuda mãe a criar vínculo com o bebê

No agosto dourado, é importante informar sobre os benefícios da amamentação, que reduz em até 63% das internações nos primeiros meses de vida
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Amamentação induzida (Foto: Divulgação/Agência Brasil)

O agosto dourado é o mês que é dedicado a incentivar o aleitamento materno. Pouco conhecida, a técnica de indução da produção de leite é usada por mulheres que não passaram pela gravidez poderem amamentar os filhos. Dessa forma, as mães podem gerar esse vínculo com a criança – seja em casos de relações homoafetivas ou de adoção.

Duas mamães

No caso de um relacionamento homoafetivo entre mulheres, há a opção de uma das mães amamentar por conta da gestação do bebê e a outra via amamentação induzida. Taís e Milena, que são mães de Caetano, adotaram essa medida. Assim, Tais passou pela gestação, enquanto Milena fez a técnica da indução.

“É um momento importante na construção desse vínculo. Para mim, o balanço é 100% positivo”, comenta Milena Fernandes.

Como induzir a produção de leite materno

Para estimular a produção do leite materno, as mães que não geraram a criança fazem tratamento com hormônios e indução mecânica. Esse processo acontece com bombinhas ou com a sucção do próprio bebê. Porém, para muitas mães a técnica é mais simples, apenas com a estimulação das mamas.

A enfermeira obstetra e consultora em amamentação Mariana Bahia diz que há situações em que se tem tempo para se preparar. ”Quando a mulher está numa relação homoafetiva com outra mulher e a gente sabe quando esse bebê vai nascer, a companheira dela está gestando, a gente tem um prazo. É mais fácil fazer esse ajuste”, explica. Porém, complementa, “quando a gente tem uma mãe adotiva é um pouco mais desafiador, então a gente inicia o processo com a relactação, que é com a sondinha, até a amamentação materna estar estabelecida”.

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Amamentação materna é importante

Segundo o Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (ENANI), 45,7% das crianças no Brasil são amamentadas apenas com leite materno nos primeiros seis meses de vida. Este é o período recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

No entanto, esse número cai para 43,6% entre crianças de um a dois anos. Os números podem representar que após a licença maternidade, as mães não têm tempo hábil e amparo para seguir com a amamentação.

Além disso, de acordo com dados do Ministério da Saúde, a amamentação exclusiva nos primeiros meses de vida reduz em até 63% as internações hospitalares por doenças respiratórias, como pneumonia, bronquiolite e gripes.

As informações também são de que o leite materno protege do risco de morte, principalmente nos primeiros 5 anos de vida. Nesse período em que o risco é maior, a amamentação auxilia independentemente da criança ter comorbidades ou não.

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*Leandro Bernardi sob orientação de Ana Flavia Silva, com informações da Agência Brasil