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Aprovado em Medicina na UFMA, jovem indígena deseja levar auxílio médico para todos

Aos 17 anos, Hugo Pereira Juvêncio deixou a aldeia indígena Uiramutã para estudar para o vestibular e, hoje, comemora a aprovação.
Aos 17 anos, Hugo Pereira Juvêncio deixou a aldeia indígena Uiramutã para estudar para o vestibular e, hoje, comemora a aprovação.

Nascido em Roraima, na aldeia indígena de Uiramutã, Hugo Pereira Juvêncio alcançou a aprovação no vestibular de Medicina da Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Aos 17 anos, ele deixou sua aldeia para ir estudar em Boa Vista e hoje, cinco anos depois, celebra sua conquista. 

Em entrevista ao portal Razões para Acreditar, Hugo conta que decidiu fazer Medicina para levar atendimento médico a quem não o possui. “Vejo meu povo sofrendo pela falta de médicos e de acompanhamento a idosos, grávidas e crianças. Assim, decidi fazer Medicina por essas pessoas, com atendimento qualificado e humano para todos”, expõe.

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Dificuldades e realizações

Hugo estudou para o vestibular por meio de um curso online, contudo os desafios não foram poucos para conquistar a sua vaga na UFMA. Isso porque ele não possui internet em casa e passou a usar a de seu vizinho para acompanhar as aulas. 

“No início, pensei que ia ficar para trás, que ia ser muito complexo. Mas, quando eu peguei a base com os professores, tudo ficou mais fácil”, reconhece. 

Ao Razões para Acreditar, o jovem afirma que a sua conquista não é individual, mas sim coletiva. “Espero levar esse presente para minha aldeia, ajudar as pessoas e compartilhar esse conhecimento que tive. Quando a gente consegue, as pessoas merecem comemorar conosco as coisas boas da vida”, finaliza. 

Reportagem de Isabela Stanga, sob supervisão de Ana Flavia Silva.