Uma caixa da Barbie, similar às que chegaram aos shoppings junto à estreia do filme da personagem, alcançou uma favela do Rio de Janeiro. Após uma pequena campanha, o líder do projeto social “Primeira Chance”, Douglas Pinheiro de Oliveira conseguiu proporcionar essa experiência para as crianças.
Douglas conta que perguntou às crianças da comunidade se gostariam de ter aquela experiência dentro da favela e após um feedback positivo começou os processos para realizar o projeto.
“Antes de mais nada, a gente pergunta para a favela se ela quer participar. A gente não empurra goela abaixo uma situação que a favela nem liga. Então a gente pergunta antes. E as crianças mostraram um interesse muito grande”, conta o líder do projeto.
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Caixa da Barbie na favela
As crianças puderam tirar fotos dentro da caixa, assim como milhares de pessoas fizeram em shoppings e lojas mundo afora. O ensaio fotográfico teve direito a fantasias e vestidos de princesas. Mas além de proporcionar essa experiência, que chamou de “aspirina de amor”, Douglas explica que há um propósito por trás da ação.
“A gente sempre tenta mostrar que aquilo é pertencente a elas também. Era uma de nossas intenções gerar esse sentimento de pertencimento, de mostrar que tá acontecendo no mundo todo e na favela também”, revela.
Ainda assim, o líder do projeto aponta que a ação é pequena diante das dificuldades que as crianças participantes passam no dia a dia.
“Acredito que (serve) como um alívio, como uma aspirina de amor. Às vezes a criança tem fome, tá sem uma roupinha pra vestir, a menina não tem a maquiagem que passa na televisão pra utilizar. Então é como se você fizesse um carinho naquela criança: ‘Ó, não posso resolver a raiz dos seus problemas, mas vim aqui pra te dar esse abraço’, a caixa é como se fosse esse abraço”, explica Douglas.
Uma das situações vividas pela equipe exemplifica bem esse propósito. Douglas conta que uma menina, que estava inserida em um contexto de brigas entre famílias por conta de bebidas, pode ter um momento de leveza com a iniciativa. “No momento que eu pego uma menina e coloco ela dentro da caixa, nessa hora parece que não havia pobreza, briga, drogas, nada! O sorriso dela nos contagiou e acalmou todo o ambiente”.
Veja o vídeo da ação:
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*Leandro Bernardi, sob orientação de Ana Flavia Silva