Foram a empatia e colaboração de amigos e desconhecidos que levaram o atleta brasileiro Ramon Lima aos jogos mundiais para transplantados (World Transplant Games 2023). A competição foi no último mês, na cidade de Perth, na Austrália. O atleta conquistou duas medalhas de bronze nas provas de corrida de 1.500 metros e 800 metros. O evento tem como objetivo conscientizar a doação de órgãos.
Ramon destaca o sentimento de gratidão a quem se mobilizou para patrocinar a viagem. “É uma felicidade imensa sentir o carinho de pessoas que as vezes nem conhecemos mas que de alguma maneira foram tocadas pela história”.
“Como todo esporte brasileiro não temos apoio, nenhuma empresa ou meio público me auxiliou a poder chegar lá”, ele explica. No entanto, foi com a ajuda de uma vaquinha virtual que o sonho pôde ser concretizado. Segundo ele, esta foi uma boa oportunidade de mostrar um pouco de sua história e arrecadar alguma ajuda de custo. “A ideia surgiu pois já havia contribuído com outros atletas em outras ocasiões e pensei, ‘por que pra mim não?'”, ressalta.
Causa nobre
Ele conta que representar o país num evento internacional como esse é um grande privilégio. Mas, o maior prêmio, segundo ele, é contribuir na divulgação da doação de órgãos.
Ramon é professor de educação de física e foi diagnosticado com insuficiência renal crônica há 11 anos. Passou pela diálise peritoneal, ficando quase um ano na fila a espera de rim compatível para realização do transplante, que veio acontecer em janeiro de 2020.
“Sempre sonhei em ser atleta desde pequeno, mas nunca tive oportunidade de desenvolver isso. Durante o período de diálise peritoneal, fui voluntário na primeira edição dos Jogos Brasileiros dos Transplantados, que aconteceu, em 2019, aqui em Curitiba. A partir desse evento é que o sonho começou a ganhar forma”, revela.
A experiência
A prática de exercícios fez o atleta redescobrir sua paixão pelo esporte e despertar para o desejo de colecionar ainda mais medalhas. Para participar dos jogos mundiais para transplantados, Ramon se dedicou ainda mais na corrida. Dessa forma, também encontrou um jeito de contribuir com a divulgação da importância da doação de órgãos.
O evento acontece de 2 em 2 anos, portanto, ele só poderia participar após 1 ano de transplante. E foi nesse sentido que a pandemia “o ajudou”, uma vez que não houve eventos nos anos anteriores. “Deu tempo pra me preparar para 2023”, complementa.
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Reportagem de Gabriela Rocha, sob orientação de Ana Flavia Silva.