Sem dinheiro para pagar a cirurgia cardíaca da criança, a família contou com a ajuda de Maria Andrejczyk, que não hesitou em vender sua medalha para arrecadar fundos para a ação.
Aos 25 anos, a polonesa Maria Andrejczyk conquistou o segundo lugar de lançamento de dardo nas Olimpíadas de Tóquio. Além de uma grande felicidade para a atleta, já que foi a sua primeira conquista olímpica, a medalha de prata também contribuiu para salvar uma vida!
Em agosto, Maria encontrou a história da Miloszek, uma bebê de oito meses que precisa fazer uma cirurgia cardíaca nos Estados Unidos. Para a CNN, a mãe da criança contou que a única chance de salvar a sua vida seria na Califórnia, porque na Polônia não existe mais o que fazer para ajudá-la.
Porém, a cirurgia da bebê custaria 1,5 milhão de zlotys (US$ 383 mil, cerca de R$ 2 milhões). Sem ajuda, a família não conseguiria arcar com todos custos. Assim, a mãe de Miloszek montou uma campanha de arrecadação para juntar recursos para pagar a viagem e o procedimento para a filha.
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Medalha de prata, coração de ouro
Maria Andrejczyk soube da história de Miloszek e resolveu abrir mão de sua conquista em Tóquio, a medalha, para arrecadar dinheiro para a bebê. “Não passei muito tempo pensando nisso, foi a primeira arrecadação de fundos que encontrei e eu sabia que era a certa”, escreveu a atleta em suas redes sociais.
Assim, ela promoveu um leilão de sua medalha, que começou em 200 mil zlotys (US$ 51 mil ou R$ 275,4 mil). Quem acabou comprando o item foi a Zabka, uma empresa de mercados da Polônia.
Entretanto, mesmo que tenha comprado a medalha, a Zabka decidiu não ficar com ela. Em seu Facebook, a companhia afirmou que vai devolvê-la para a atleta que a conquistou nas Olimpíadas deste ano.
“Ficamos comovidos com o gesto lindo e extremamente nobre de nossa atleta olímpica. Portanto, decidimos apoiar a arrecadação de fundos para o doente Miloszek. Também decidimos que a medalha de prata de Tóquio ficará com a Sra. Maria, que mostrou o quão grande ela é”, publicou a empresa.
Reportagem de Isabela Stanga, sob supervisão de Ana Flavia Silva.