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Biomédica que sequenciou o coronavírus no Brasil recebe homenagem da Mattel, empresa da Barbie

A baiana Jaqueline de Jesus foi uma das seis cientistas homenageadas na coleção de bonecas “Mulheres Inspiradoras”.
A baiana Jaqueline de Jesus foi uma das seis cientistas homenageadas na coleção de bonecas“Mulheres Inspiradoras”.

A Mattel, empresa da Barbie, fez uma homenagem às mulheres profissionais de saúde que atuam na linha de frente contra a Covid-19. Dessa forma, a marca desenvolveu a coleção de bonecas “Mulheres Inspiradoras”, representando seis cientistas de todo o mundo. E uma delas é brasileira: a biomédica baiana Jaqueline Góes de Jesus.

Em 2020, a equipe liderada por Jaqueline sequenciou o genoma do coronavírus no Brasil em apenas 48 horas. Ainda no início da pandemia, a descoberta em tempo recorde foi essencial para se compreender mais sobre a Covid-19. Assim, o trabalho de Jaqueline e de seus parceiros é motivo de orgulho para o país. Mais do que uma grande médica, Jaque é uma inspiração para as meninas pretas que desejam ingressar no universo científico.

Atualmente, ela desenvolve pesquisas de pós-doutorado no Centro Conjunto Brasil-Reino Unido para Descoberta, Diagnóstico, Genômica e Epidemiologia de Arbovírus (Cadde), projeto do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo – Universidade de São Paulo (IMT-USP).

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Contribuição feminina frente à pandemia

As Barbies devem inspirar as meninas a seguirem carreiras ainda vistas como “masculinas”, assim como a matemática, a engenharia e a tecnologia. Foto: Mattel/ Divulgação

Além de Jaqueline, outras cinco mulheres também foram homenageadas na coleção “Mulheres Inspiradoras”, todas de países falantes da língua inglesa. Assim, Jaqueline foi a única mulher da América Latina a receber a homenagem. 

As outras bonecas são da britânica Sarah Gilbert, que liderou o desenvolvimento da vacina da parceria Oxford-Astrazeneca, bem como das estadunidenses Audrey Sue Cruz, médica nascida no Havaí, e Amy O’Sullivan, enfermeira há mais de 18 anos no hospital Wycroff, no Brooklyn, Nova Iorque. Completam a coleção a australiana Kirby Whitby, co-fundadora do projeto Gowns for doctorsque produz uniformes médicos que podem ser lavados e reutilizados – e a canadense Chika Stacy Oriuwa, psiquiatra que atua contra o racismo estrutural na Medicina.

Reportagem de Isabela Stanga, sob supervisão de Ana Flavia Silva.