A uma altura de 3.700 metros acima do nível do mar, mais de 300 mil painéis solares fornecem energia para o país.
Neste ano, a Bolívia inaugurou a maior usina de geração de energia solar de seu território – e a mais alta do mundo. Assim, mais de 300 mil painéis fotovoltaicos ocupam uma área de 214 hectares, a 3.700 metros acima do nível do mar. Esse é um tipo de energia renovável.
A medida faz parte da política do país para reconstruir seu sistema elétrico, baseando-se em energias renováveis. A inauguração da usina aconteceu em fevereiro, mas sua construção começou, em 2019, ainda durante a gestão do presidente Evo Morales.
Os planos bolivianos, de acordo com o chefe do Ministério de Hidrocarbonetos e Energia, Franklin Molina, é fazer do distrito de Oruro (onde fica a usina) um polo gerador de energia. Esta, é claro, limpa e renovável.
“A reconstrução do nosso setor elétrico está em processo e não vamos parar. Estamos trabalhando para fornecer a melhor infraestrutura possível ao país, para que nós bolivianos possamos ter melhor qualidade de vida”, declarou Molina.
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Energia renovável
Em junho, a Organização das Nações Unidas lançou a Década da Restauração dos Ecossistemas, a fim de conscientizar governos e entidades não governamentais acerca da necessidade de conservar a fauna e a flora do planeta. De acordo com a ONU, seria possível remover entre 13 e 26 gigatoneladas de gases de efeito estufa da atmosfera até 2030, com a adesão dos países à ação.
Apesar da crise econômica, sanitária e política, o próprio Brasil dá um passo em direção à sustentabilidade. Isso porque, segundo o Instituto Totum, que emite Certificados de Energia Renovável (RECs) para empresas brasileiras, quatro milhões de companhias buscaram o ativo nos quatro primeiros meses deste ano. Número esse que corresponde a toda a procura dos RECs no ano passado, o que indica o crescimento do uso de energias limpas no país.
Reportagem de Isabela Stanga, sob supervisão de Ana Flavia Silva.