Pesquisa feita para o Dia Mundial do Refugiado apontou que 64% dos brasileiros apoiam o acolhimento de refugiados de qualquer lugar do planeta; ucranianos são os mais aceitos
Enquanto outros países se dividem ou rejeitam massivamente refugiados, os brasileiros lideram a lista de apoio de quem vem de qualquer lugar do mundo. Os dados são da nova pesquisa realizada pela Ipsos para o Dia Mundial do Refugiado, celebrado no último dia 20 de junho. Segundo o estudo, 64% dos entrevistados brasileiros disseram que apoiam a vinda de mais refugiados ao país, independente da nação de origem. Considerando todas as 28 nações pesquisadas, a média global de apoio ficou em 36%.
Abaixo do Brasil os maiores índices de aceitação estão na Argentina e Arábia Saudita, ambos com 52%. Em seguida está o México, com a população dividida (50%). Por outro lado, as menores porcentagens de apoio ficaram entre os cidadãos da Turquia, Malásia e Hungria, com 12%, 14% e 18%, respectivamente.
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Ucranianos lideram apoio
Seguindo a tendência global, os refugiados da Ucrânia são os mais aceitos entre os brasileiros. Cerca de 69% dos respondentes afirmaram que apoiam a chegada de quem foge dos conflitos no país que está travando uma guerra contra a Rússia há mais de três meses. Este índice só ficou maior na Suécia, onde 73% dos entrevistados afirmaram que os ucranianos são bem-vindos. Considerando a resposta de todos os países, o apoio ficou em 54%.
Outras nações
Quando o estudo questionou sobre refugiados de outras nações além da Ucrânia, o apoio dos brasileiros apresentou queda. Ainda assim, os índices de aceitação no Brasil continuam maior do que nos outros países pesquisados. De acordo com os dados, os refugiados da Venezuela, Síria e Afeganistão foram apoiados por 61%, 58% e 55%, respectivamente. Já os que vêm do Sudão do Sul e Mianmar foram aceitos por 53% e 52%.
Considerando os dados globais, o menor índice de aceitação é dos refugiados vindos do Sudão do Sul, com 27%. Em seguida, venezuelanos e afegãos receberam o apoio de 30%. Quem foge da Síria e de Mianmar ganhou o apoio de apenas 32% e 31% dos respondentes, respectivamente.
Sobre a pesquisa
A Ipsos entrevistou, de forma on-line, 20.505 pessoas, sendo aproximadamente 1.000 no Brasil,entre 22 de abril e 6 de maio de 2022. A margem de erro para o Brasil é de 3,5 pontos percentuais. Além do Brasil, integram a pesquisa: Argentina, Austrália, Bélgica, Canadá, Chile, China, Colômbia, França, Alemanha, Grã-Bretanha, Hungria, Índia, Itália, Japão, Malásia, México, Holanda, Peru, Polônia, Arábia Saudita, África do Sul, Coreia do Sul, Espanha, Suécia, Suíça, Turquia e Estados Unidos.
Com informações da assessoria.