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Burnout deve ser tratado de forma coletiva, aponta especialista

A síndrome de burnout, também conhecida como síndrome do esgotamento profissional, é um problema que afeta inúmeros trabalhadores
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Burnout não é apenas estresse comum, diz especialista (Foto: Ilustração/Pexels)

A síndrome de burnout, também conhecida como síndrome do esgotamento profissional, é um problema que afeta inúmeros trabalhadores e requer uma abordagem coletiva. Uma pesquisa da Way Minder, plataforma de saúde mental e bem-estar emocional, destaca a importância de compreender a síndrome e lidar com ela.

Para entender a gravidade do burnout, é importante saber que ele não é apenas um caso isolado de estresse no trabalho. Ao contrário, é uma condição de estresse crônico e acumulado, diferentemente do estresse comum, que tende a ser passageiro. O psicólogo Antonio José de Carvalho, autor do livro “Síndrome de Burnout, uma Ameaça Invisível no Trabalho”, compara o burnout a um elástico que, ao ser esticado, não volta à sua forma original. Ele representa o estresse persistente que caracteriza essa síndrome.

“Se você puxar o elástico e ele ainda estica e volta, não perde essa condição, isso é estresse. Quando você puxa o elástico e ele fica deformado e não volta mais, você pode dizer que a pessoa está com burnout”, explica.

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Burnout é resultado de situações a longo prazo

O burnout não surge da noite para o dia. Ele é resultado de estresse acumulado. Uma das causas apontadas para o desencadeamento da síndrome é a exposição prolongada a altos níveis de estresse no ambiente de trabalho.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica o burnout como doença ocupacional desde janeiro de 2022. Embora o burnout afete uma ampla gama de profissões, a pesquisa da Way Minder identificou os setores mais vulneráveis. Recursos humanos, vendas, educação, liderança, administrativo e tecnologia da informação são os que apresentam maiores índices da síndrome. Além disso, a síndrome também se manifesta com maior frequência em cargos de direção e chefias, e afeta mais os nascidos entre as décadas de 1960 e início dos anos 1980.

Tratamento adequado é fundamental

Apesar disso, a crescente incidência do burnout permanece muitas vezes invisível no ambiente de trabalho, sendo tratada de maneira inadequada ou ignorada. Antonio argumenta que falta pesquisa aprofundada sobre o tema no contexto nacional e estratégias eficazes de prevenção. Ele aponta que o mundo corporativo e algumas incidências contribuem para a condição, como competição acirrada e longas jornadas.

Assim, a solução, segundo o psicólogo, não está apenas em tratar individualmente os trabalhadores, mas em modificar a cultura organizacional das empresas, tornando-as menos tóxicas. A síndrome de burnout é uma ameaça silenciosa que afeta não apenas os indivíduos, mas todo o ambiente de trabalho. Dessa forma, ela exige uma abordagem coletiva para prevenção e combate.

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*Leandro Bernardi, sob orientação de Ana Flavia Silva