No século 19, Ada e seu colega Charles Baggage desenvolveram uma máquina analítica, capaz de resolver operações complexas.
Hoje, tudo acontece com base nos algoritmos e nas programações de computador. Mas isso só é possível graças a uma mulher, a matemática Ada Lovelace.
Ada nasceu em 1815, na Inglaterra. Durante sua juventude, conheceu o também matemático Charles Baggage, que se tornou um amigo. Juntos, os dois desenvolveram a Máquina Analítica, um equipamento para realizar operações complexas.
Mais do que a máquina em si, Ada criou também o primeiro algoritmo, ou seja, uma linguagem para ser lida e entendida por computadores. O sistema foi descoberto nas anotações da matemática, que traduziu um artigo que ela e Baggage escreveram sobre sua invenção.
A vida de Ada
Ada era filha de Lord Byron, um dos principais poetas do romantismo. Porém, seus pais se divorciaram e teve pouco contato com o pai — de quem teria herdado o temperamento. Assim, a jovem cresceu com a mãe, que era matemática e a incentivou a seguir o mesmo caminho.
Mesmo com a rígida educação que recebia, Ada fazia uma “ciência poética”. Sua mãe, querendo evitar que ela sofresse das mesmas doenças mentais que Byron, mantinha a menina ocupada com os estudos. Se o desejo era afastá-la da poesia, não deu certo. Em uma carta para a mãe, Ada questionou: “Se você não pode me dar poesia, não pode me dar ciência poética?”
Aos 20 anos, casou-se com William Lord King, que, em 1838, tornou-se Conde de Lovelace. Dessa forma, Ada virou Lady Lovelace. Morreu aos 36 anos, vítima de câncer de útero, mas continua a ser lembrada por gerações de mulheres cientistas, tecnólogas, matemáticas e engenheiras.
Reportagem de Isabela Stanga, sob orientação de Ana Flavia Silva.