As ginastas dos Estados Unidos têm um aliado importante para cuidar da saúde mental no dia a dia de treinos e competições: o golden retriever Beacon. O goodest boy (o “melhor garoto”, em tradução livre) é um cão terapeuta, de quatro anos, que faz parte da equipe da Federação Desportiva de Ginástica dos Estados Unidos (USAG).
Segundo a tutora do animal, Tracey Callahan Molnar, faz pouco mais de um ano que o golden entrou para o time de terapeutas das atletas. “O que a ginástica dos EUA fez ao incorporar terapia com animais de estimação para ginastas e treinadores em um período de quatorze meses é, na minha opinião, louvável e excepcional. Estou ansiosa para continuar a dar suporte aos nossos ginastas”, publicou em um post no perfil oficial do cãozinho. Ele não foi à Paris para as Olimpíadas 2024, mas garantiu a torcida: “Beacon e eu estaremos torcendo por nossos atletas olímpicos da Califórnia e esperamos que @usagym e @teamusa ouça-nos alto e claro em Paris”, complementou.
Beacon
“Bracon adora ficar na geladeira (!), encontrar bolinhas, nadar, caminhar e fazer amigos em todos os lugares”. Essa é a descrição no perfil oficial do cãozinho. Em um vídeo divulgado no Youtube, a tutora mostra como ele busca se refrescar dentro da geladeira depois de passeios e caminhadas. Um hábito que ele criou ainda filhotinho.
Saúde mental
Também nas redes sociais, o cãozinho aparece em fotos ao lado dos atletas – inclusive com Simone Bailes, a estrela do time norte-americano. A atleta chamou atenção para a importância dos cuidados com a saúde mental na edição de 2020 das Olimpíadas, em Tóquio.
Biles desistiu das finais do individual geral por causa de bloqueios mentais sentidos durante a execução de um salto. Na ginástica artística, esse fenômeno é chamado de twisties.
Ela retornou à competição neste ano e levou três medalhas de ouro nas categorias por equipes, individual geral e o salto. No solo, ficou em segundo lugar, com a medalha de prata. A brasileira Rebeca Andrade ganhou o ouro.
Cães-terapeutas
Diferentes estudos demonstram a importância da convivência com animais para a diminuição de níveis de estresse, ansiedade e depressão. Uma pesquisa do instituto Human Animal Bond Research (HABRI), nos Estados Unidos, indica que 80% dos donos de animais de estimação dizem que seus animais de estimação os fazem sentir menos solitários. 76% dos entrevistados concordam que as interações entre humanos e animais de estimação podem ajudar a lidar com o isolamento social. No caso dos cães-terapeutas, esse contato é supervisionado e o animal é treinado para dar suporte emocional.
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