Uma pesquisa recente da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) revela que o feijão pode ser o principal aliado na luta contra a obesidade. O Dia Mundial da Obesidade, 4 de março, traz um importante alerta sobre a condição, considerada uma doença crônica por entidades de vários países.
O estudo em questão, mostrou que o grupo que não consumiu feijão, teve 10% mais chances de desenvolver excesso de peso e 20% mais chances de desenvolver obesidade.
Segundo a OMS, a estimativa divulgada em 2022 é de que haja em torno de 1 bilhão de pessoas com essa condição no mundo.
Por outro lado, a estimativa do Ministério da Saúde, é que no Brasil 60% dos adultos já têm excesso de peso (sobrepeso). E que um em cada quatro adultos tenham obesidade, num total de mais de 41 milhões de pessoas (os dados são da Pesquisa Nacional de Saúde de 2020).
Pesquisa
Uma pesquisa do Programa de Pós-graduação em Saúde Pública da Faculdade de Medicina da UFMG, revela que deixar de comer feijão está associado ao ganho de peso. A pesquisa foi desenvolvida pela pesquisadora Fernanda Serra Granado, orientado pelo professor Rafael Moreira Claro.
Segundo a pesquisadora, o intuito foi conhecer melhor a alimentação tradicional brasileira e a frequência semanal com a qual os adultos brasileiros consomem o feijão. Além disso, ainda, teve como foco estudar a substituição da alimentação natural por ultraprocessados.
O estudo mostra ainda, que o consumir feijão, de 5 a 7 dias na semana, apresentou 14 % do fator de proteção no desenvolvimento de excesso de peso e 15% do fator obesidade.
Por essa razão, o feijão é um marcador da qualidade nutricional da dieta e um símbolo da alimentação tradicional brasileira. Além de muitas vezes, ser elemento essencial para a segurança alimentar.
“É garantia do cidadão brasileiro, pela Constituição, o direito a uma alimentação de qualidade. No entanto, sabe-se que nem todos possuem alternativas para manter uma dieta equilibrada e, nesta questão, o feijão possui inestimável valor social para os brasileiros”, afirma Fernanda.
Ultraprocessados
De acordo com Fernanda Serra, os alimentos naturais ou minimamente processados quando são substituídos pelos ultraprocessados mudam o perfil alimentar da população. trazendo uma piora na qualidade da dieta e fragilidade na cultura alimentar brasileira.
A praticidade de consumir ultraprocessados no dia a dia, contribui para os consumidores optarem por produtos prontos ou fáceis de serem preparados, segundo a pesquisadora.
Além disso, Serra ressalta a contribuição do preço do feijão possui papel fundamental na troca por alimentos prontos. Isso se deve aos processos inflacionários e a priorização da produção de commodites agrícolas. Sendo assim, o feijão se valoriza ano a ano nas prateleiras dos supermercados.
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Com informações da Agência Brasil, Agência Senado e UFMG.
Reportagem de Gabriela Rocha, sob orientação de Ana Flavia Silva.