A Tudo Afro surgiu do desejo das irmãs Francielly e Fabiele, que queriam empreender em algo voltado à estética negra. Deu tão certo que hoje elas pensam em expandir a marca e os negocios.
As irmãs Francielly e Fabiele Moysés da Silva, que moram em Niterói, Rio de Janeiro, são donas da marca de biquínis Tudo Afro. No meio da pandemia, em julho de 2020, elas decidiram empreender em produtos voltados ao público negro. Assim, as irmãs passaram a confeccionar biquínis inspirados em estampas africanas, que viralizaram nas redes sociais.
As duas irmãs são professoras da educação básica, mas o desejo de empreender sempre existiu, juntamente com o de atender à estética negra. Contudo, quando Francielly perdeu o emprego em julho do ano passado, elas realmente levaram o plano em frente.
Em entrevista ao portal Universa, Francielly conta que a falta de opções de biquínis inspirados nas culturas africanas as motivou a investir nesse ramo. “Em uma loja de shopping, a gente não encontra biquínis com estampas africanas tão facilmente. Tem opção com animal print, mas não do estilo de que gostaríamos. Apostamos e a nossa loja começou a crescer”, expõe.
Sucesso nas redes sociais
Em setembro de 2020, apenas dois meses depois do lançamento da Tudo Afro, a empresa conquistou mais de quatro mil seguidores nas redes sociais em dois dias! Isso porque a postagem das irmãs em um grupo de mulheres pretas no Facebook alcançou a influenciadora digital Gabi Oliveira.
O biquíni Negra Empoderada chamou a atenção de Gabi, que entrou em contato com a loja, comprou e postou fotos com o modelo em suas redes sociais. “Contamos que estávamos começando e ela foi muito simpática. Comprou e ainda postou fotos usando. A gente não estava preparada para o que viria depois”, afirma Francielly.
Com o sucesso da marca, as irmãs esperam fundar uma fábrica própria. Por enquanto, Fabiele se divide trabalhando como professora e nas funções administrativas da Tudo Afro. Francielly, por sua vez, cuida das redes sociais e do atendimento aos clientes.
Mas seu desejo é gerar renda também para outras mulheres. Recentemente, as empreendedoras abriram as vendas em atacado, para que revendedoras possam lucrar com os biquínis. “Queremos crescer para também empoderar economicamente outras”, ressalta Francielly.
Reportagem de Isabela Stanga, sob supervisão de Ana Flavia Silva.