Diminuir o uso de plástico no dia a dia e reaproveitar o descarte da indústria da moda. Essas são algumas das propostas do projeto Beezip, desenvolvido por um grupo de alunos do segundo ano do Ensino Médio do Colégio Positivo, em Curitiba (PR). Eles criaram bolsas impermeáveis para substituir o “ziplock”. A miniempresa nascida em sala de aula já vendeu quase 200 bolsas e desenvolve um produto totalmente sustentável.
Beezip
Composta por tecidos reutilizados, a bolsa Beezip é impermeabilizada com cera de abelha. O presidente da empresa, Pedro de Almeida Silveira, de 16 anos, explica que o processo de criação considerou outras alternativas. “Nós pensamos em substituir o ziplock e tentamos a criação de sacolas de tecido a partir da fécula de batata, mas não era uma ideia tão viável. Quando descobrimos a cera de abelha, os dois formatos se uniram e criamos a Beezip, uma substituta do ziplock e que ainda reutiliza o tecido descartado”.
A bolsa, disponível em dois tamanhos, pode cumprir diversas funções. Desde necessaire à estojo escolar e porta-joias, os modelos são bastante versáteis. Além disso, as Beezips são uma opção para passeios na praia, lagos ou piscinas, já que são impermeáveis. Os preços também são acessíveis. O modelo pequeno custa R$ 15 e o grande sai por R$ 25. Para adquirir um dos produtos da Beezip e colaborar com a iniciativa, basta entrar em contato pelas redes sociais (@beezip.sae) ou pelo site https://mebeezip.wixsite.com/organization.
Indústria da moda
De acordo com um relatório lançado pela Ellen MacArthur Foundation, com o apoio da estilista Stella McCartney, a cada segundo, um caminhão de lixo de produtos têxteis é aterrado ou incinerado no mundo. Estudos apontam que a indústria da moda responde por cerca de 8% das emissões globais de gases-estufa. Isso representa mais que a aviação e o transporte marítimo juntos. Além disso, alguns levantamentos apontam que este é o segundo setor da economia que mais consome água e produz cerca de 20% das águas residuais do mundo. Ou seja: iniciativas como a dos jovens empreendedores são muito bem-vindas e podem ajudar a diminuir esses índices.
Leia também: Meias do bem: projeto transforma meias velhas em cobertores
Empreendedorismo na escola
O empreendedorismo também envolve o processo de criação e aprendizado dos 24 estudantes. Com presidente, diretores, gestores de marketing, RH e finanças, o gerenciamento e criação das bolsas são de responsabilidade dos alunos. Além disso, a produção tem horário definido: é feita das 18h30 às 21h30, às segundas-feiras, no próprio Colégio. “Todos nós temos diferentes funções, mas na hora da produção não existe hierarquia. Todos os envolvidos fazem parte do processo de forma igual. Em um bom dia, produzimos cerca de 80 bolsas”, conta Pedro.
Trabalho social
Além de ser uma solução sustentável, o projeto também tem um papel social. Isso porque parte da renda é revertida para o Lar O Bom Caminho, instituição que acolhe crianças afastadas de suas famílias. O empreendimento faz parte da parceria entre o Colégio Positivo e a Junior Achievement Brasil, organização social que promove o empreendedorismo na juventude.
CONFIRA MAIS BOAS NOTÍCIAS!
Para ver os vídeos do Tudo Já Existe, se inscreva em nosso canal do youtube
Siga nossas boas notícias no Instagram
Nos acompanhe no Facebook