O kit NAT Plus, desenvolvido e produzido pelo Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz), detectou no hemocentro do Rio de Janeiro, uma bolsa de sangue infectada com malária, nesta semana.
Segundo a Fiocruz, desde que foi implantado, em dezembro de 2022, o kit NAT Plus já detectou 12 bolsas de sangue com a doença. Dessa forma, como cada bolsa de sangue pode alcançar até quatro pessoas, acredita-se que até 48 receptores de sangue podem ter sido livrados da infecção.
O kit, que já testou mais de 500 mil bolsas de sangue desde a implantação, também detecta os alvos HIV, hepatite B e hepatite C, o que traz mais segurança às transfusões de sangue.
Além disso, a diferença do kit NAT Plus para outros kits de testagem, é a alta sensibilidade para detectar malária. Por isso, é um facilitador para a detecção de se a doença está em circulação ou não na região. A especialista Científica em Diagnóstico Molecular de Bio-Manguinhos/Fiocruz, Patricia Alvarez explica que por não haver testagem de rotina de algumas doenças, o doador de sangue mesmo testado, pode estar inapto.
“Às vezes acontece de se ter uma infecção que não é detectada por teste da gota espessa, TR ou anamnese, e o diagnóstico molecular vem somar a todas essas ações para que o receptor tenha a segurança necessária”, completa.
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O kit NAT
Segundo a Fiocruz, a primeira geração do kit NAT brasileiro é oferecida desde 2011, detectando HIV, hepatite B e hepatite C. Além disso, a implantação do NAT Plus está prevista ser concluída até 2024, com a disponibilização do kit e da plataforma de equipamentos nos 14 hemocentros públicos do Brasil.
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*Leandro Bernardi sob orientação de Ana Flavia Silva