José Caíque, de 13 anos, não vai mais precisar pedalar 500 metros para estudar. O menino, que não tinha celular nem internet em casa, acompanhava as aulas virtuais em uma cabana de palha em pleno do sertão do Piauí. A história foi contada em reportagens no final de agosto e ganhou repercussão. Após a atenção da imprensa, doações de celulares e de um computador chegaram à família de Caíque. Dessa forma, o menino agora pode fazer de casa as atividades da escola.
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Entenda a história
No Piauí, tal como em vários estados, as aulas estão acontecendo à distância. A nova realidade era um problema para o jovem José Caíque, morador da zona rural de Olho d’Água, a cerca de 95 km da capital, Teresina. Na casa do menino não havia nem computador, nem celular. Além disso, o sinal sinal de internet também não chegava à região.
Uma das professoras do jovem, Maria das Dores até que tentou ajudar, emprestando um celular à família de Caíque. Porém sem sinal de 3G de nada adiantou. No entanto, o pai do garoto, Francisco Sobral, encontrou por acaso uma “solução”. Ao caminhar para devolver o aparelho à professora, ele achou um ponto em que a rede funcionava. O local estava em pleno sertão, a 500 metros da casa onde reside a família.
Para dar um pouco mais de conforto ao filho, Francisco improvisou uma cabana feita com palha e galhos de árvore. Todos os dias Caíque pedalava até o cantinho de estudar e fazia as atividades da escola. A história comoveu a professora, que relatou tudo em um post na internet. A publicação ganhou engajamento e chamou a atenção de emissoras de TV. Reproduzido em telejornais da Globo e da Band, o fato sensibilizou doadores, que enviaram à família equipamentos para facilitar os estudos de José Caíque.
Doações
Foram doados dois celulares, um aparelho para receber o sinal de internet, um computador com uma mesinha de estudos e ainda uma bicicleta novinha. Grata, Benedita Pereira, mãe de José Caíque, gravou um vídeo mostrando os equipamentos que vão facilitar os estudos do filho. Segundo Benedita, Caíque vai poder “assistir às aulas com o maior conforto possível”.
Após história aparecer na TV, doadores enviaram à família um computador novinho, uma mesa para estudar e sinal de internet. Caíque deu “adeus” à cabana construída pelo pai. Foto: Reprodução Band Jornalismo. 
O menino também ganhou dois celulares e uma bicicleta. Segundo a mãe, o Caíque vai “assistir às aulas com o maior conforto possível”. Foto: Reprodução Band Jornalismo.
O sonho de Caíque
Por fim, na entrevista que deu à equipe do Jornal da Noite, da Band, Caíque disse o que o motivava a estudar nas precárias condições. “Quero ser bancário para ajudar a minha mãe e o meu pai”. Francisco destaca o esforço do filho. “Ele é um guerreiro. Eu não consegui estudar, tive quer ir para roça. Ele se esforça muito”, contou, em matéria da TV Globo.
Reportagem de Higor Augusto, com supervisão de Ana Flavia Silva.