Em 2013, José Carlos de Oliveira recebeu orientação de seu médico para fazer caminhadas. Assim, ele passou a andar pela cidade — e aproveitou para catar latinhas para doação.
Já pensou em aliar saúde e solidariedade? Foi o que José Carlos de Oliveira, morador de Cabixi (cidade a 806 km de Porto Velho), fez. Em 2013, recebeu a recomendação de seu médico de começar a caminhar. Em suas andanças, reparou nas latinhas espalhadas pelo chão e teve uma ideia.
“Precisei caminhar pela cidade para perceber que poderia ajudar o meio ambiente e o hospital ao mesmo tempo, com um gesto simples: catando latinhas”, explica o funcionário público ao UOL. Desde quando começou até 2020, José conseguiu arrecadar mais de R$140 mil, os quais doou ao Hospital de Amor Amazônia todos os anos.
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Solidariedade e sustentabilidade
Hoje, o esquema de recolher latinhas de José conta com uma estrutura própria. Ele até produziu lixeiras artesanais e as espalhou pela cidade, a fim de conscientizar a população sobre a necessidade de jogar o lixo no lugar certo.
Dessa forma, José Carlos passa o ano recolhendo as latinhas. Em setembro, quando acontece a festa do hospital, vende o que juntou e deposita na conta da instituição. “Tenho um parecer bruto, mas meu coração é grande”, conclui José.
Ao UOL, o coordenador geral de captação de recursos do Hospital de Amor Amazônia, Leandro Alves, reconhece a importância das doações de José. “Essa é a história de um cidadão comum, que encontrou na reciclagem uma oportunidade de contribuir com a causa social que salva milhares de vidas”, afirma.
Reportagem de Isabela Stanga, sob orientação de Ana Flavia Silva.