Uma iniciativa atuante em diversos países capacita professores para trabalhar com crianças de vulnerabilidade social. Além disso, a instituição também oferece aos jovens atividade no contraturno escolar, para auxiliar na educação dos estudantes.
A organização foi criada a partir da fusão de duas associações: a Atuação Voluntária, de São José dos Pinhais (PR), e a PEDE-Brasil, que chegou ao país em busca de instituições para firmar parcerias e também atuar por aqui. Assim, em 2021 nasceu a Atuação Global. Com a colaboração de holandeses, foi possível expandir o trabalho.
A diretora do projeto, Juliana Helpa conta o que mudou nas associações após a parceria. “A equipe da Atuação Voluntária na época não tinha patrimônio nem recursos. Tínhamos muitos voluntários e os programas atuando, mas não tínhamos a estrutura da Associação PEDE para captação de recursos”, comenta. Ela também explica que, atualmente, parte do orçamento da Atuação Global é oriundo da antiga PEDE-Brasil.
Atuação Global
A Atuação Global marca presença na educação com dois programas voltados para a área. Um deles, o Programa de Ensino Para a Vida (PEVI) tem a finalidade de ensinar educadores a trabalharem com crianças de 3 a 18 anos, no contraturno escolar.
“Nós formamos esses educadores, desenvolvemos um currículo pedagógico e também a mentoria desses educadores sociais. O educador social enfrenta grandes desafios para atuar dentro das comunidades em vulnerabilidade, e muitas vezes tem muito coração, mas não tem as ferramentas e a capacitação técnica suficiente”, explica a diretora.
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Outro programa é o Educação Para a Vida (EPV), aplicado diretamente no turno escolar, em escolas com crianças em situações de vulnerabilidade social. O EPV funciona em escolas reconhecidas pelo Ministério da Educação (MEC), com jovens do ensino básico, fundamental e médio. Assim, ele também visa a capacitação de profissionais da educação, como professores e gestores escolares para atuar com jovens vulneráveis.
Atualmente, o Atuação Global opera em todas as regiões do Brasil e em 10 países ao todo: Angola, Guiné-Bissau, Namíbia, Paquistão, Moçambique, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Nepal, Timor-Leste e o próprio Brasil.
Segundo Juliana, os trabalhos são feitos com educadores locais, que adequam os programas à cultura do próprio país. Ela afirma que um dos maiores desafios é o diálogo intercultural, quando não há compreensão total dos professores do projeto com os educadores de outras culturas. Assim, uma das adversidades apontadas pela diretora é o tempo que alguns educadores levam para assimilar as informações e adaptá-las para cultura local.
Porém, Juliana destaca que há algo positivo e em comum em todos os lugares onde os programas são aplicados. Ela explica que sempre encontra educadores que querem aprender para ajudar crianças da própria comunidade.
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