O Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into), vinculado ao Ministério da Saúde, atingiu um marco significativo ao superar 1,5 mil doadores de tecidos musculoesqueléticos. Essa categoria abrange ossos, tendões, meniscos e cartilagens, e reflete a expansão das captações ao longo dos anos.
Desde a inauguração, em setembro de 2002, inicialmente focado apenas em ossos e tendões, o Into evoluiu para incorporar os Bancos de Olhos e de Pele em 2013 e 2017, respectivamente. Assim, atualmente, o Banco do Into é um centro de captação de “multitecidos”, incluindo não apenas os tecidos musculoesqueléticos, mas também globos oculares e pele.
Além disso, de janeiro a agosto de 2023, o Into registrou um aumento significativo nas captações de tecidos. O crescimento chegou a 44% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Foram 173 captações de tecido ocular, 29 de tecido musculoesquelético e 30 peças abrangendo ossos, tendões, cartilagem, e 13 captações de pele.
Segundo a Agência Brasil, Rafael Prinz, chefe do Banco de Multitecidos do Instituto, tem como meta “mais do que dobrar” o número de córneas captadas este ano. A ideia é alcançar 900 córneas transplantadas.
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Um doador muda muitas vidas
Rafael destaca o impacto significativo de cada doação, onde um único doador pode beneficiar mais de 50 pessoas, dadas as condições dos tecidos. No caso de tecidos musculoesqueléticos, cada captação gera, em média, 30 peças, enquanto a pele, por exemplo, resulta em cerca de mil centímetros quadrados por doador.
Isaac Bertolino, de 18 anos, é um exemplo do impacto da doação de tecidos musculoesqueléticos do Banco de Multitecidos do Into. Foi graças a um transplante que ele descartou a amputação de sua perna e pode voltar a praticar futebol com amigos. Diagnosticado com osteossarcoma, tipo mais comum de câncer ósseo, em 2019, o jovem passou por um transplante que não apenas removeu o tumor, mas também restaurou a mobilidade dos membros inferiores.
Sensibilização e conscientização
Apesar do sucesso do Into, dados do Registro Brasileiro de Transplantes mostram que a conscientização sobre doação ainda é necessária. Isso porque, no primeiro semestre de 2023, 49% das famílias de potenciais doadores no Brasil não autorizaram a doação. Por isso, é crucial que as pessoas comuniquem seu desejo de doar a seus familiares ainda em vida para aumentar o número de doações.
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*Leandro Bernardi, sob orientação de Ana Flavia Silva