Antônio Apolinário Sousa, de 20 anos, que não tinha acesso à internet em casa, não fez cursinho e caminhava até a casa de um tio para estudar. O esforço deu resultado: o estudante foi aprovado para o curso de medicina na Universidade Federal do Piauí (UFPI).
Mesmo sem acesso a condições favoráveis para estudar, ele diz que sempre teve o apoio dos pais no incentivo aos estudos. Agora, inicia a realização de seu grande sonho: ser médico.
“Eu não tinha internet em casa e isso foi um obstáculo. Eu ia até à casa do meu tio para assistir às aulas. Minha rotina de estudo era de 19h às 23h da noite. Usava mais a internet e lia alguns livros do Ensino Médio e Fundamental. Eu não fiz cursinho, pois não tinha como arcar e a minha estratégia era começar dos assuntos mais básicos e seguir até o mais avançado”, comenta.
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Trajetória em busca do sonho
Antônio começou a prestar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) desde a 1ª Série do Ensino Médio para ganhar experiência.
“O sonho da minha família era que eu me tornasse médico e que eu fosse o médico da família. Esse não é um sonho só meu, mas de todos. O meu sonho sempre foi fazer esse curso, sempre busquei ajudar as pessoas e vejo que a Medicina é um meio de ajudar as pessoas no seu bem-estar. Acho que é uma área muito humana, principalmente quando o profissional é de bom coração e ajuda muito as pessoas”, diz o estudante.
Como manter o foco no estudos
O jovem não romantiza o período desafiador ao contar sobre as dificuldades que enfrentou. Além disso, revela que logo ao sair do ensino médio se comparava a outros estudantes. Essa ação, mesmo que involuntária, trazia um sentimento de desconforto.
“Comecei a me comparar comigo mesmo, com a evolução que eu tinha de ano em ano. A maioria dos estudantes faz um comparativo com outros, o que traz um sentimento de incapacidade. Quando passei a fazer esse comparativo com ‘eu’ de um ano atrás, vi que havia evolução e isso foi me animando cada vez mais”.
Mesmo com a estratégia que desenvolveu para manter o foco em si, o estudante conta que oscilou durante o percurso. “Houve momentos em que faltava motivação, mas meu desejo para cursar medicina foi maior que qualquer obstáculo. Sede por aprendizado foi uma das principais motivações que eu tive e essa convicção de que queria o curso de medicina”.
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