Tetraplégica desde 1994, quando sofreu um acidente de carro, a senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP) voltou a andar nesta sexta-feira (28), com a ajuda de um exoesqueleto.
O equipamento, chamado Atalante, é um tipo de suporte para que pessoas com deficiência física possam ficar de pé e se moverem em diferentes direções com os braços livres. O aparelho foi criado por três estudantes de uma startup francesa e está em fase de testes. A senadora brasileira foi um dos pacientes que testou a tecnologia.
“Estou muito feliz com os resultados dos testes. São 28 anos desafiando a inércia e a gravidade desde que quebrei o pescoço, sempre trabalhando para resgatar movimentos. Chegar ao momento de andar com o auxílio de uma tecnologia que usa a força do meu próprio corpo é a prova de que todo esforço valeu a pena!”, diz o post que ela fez nas redes sociais, com o vídeo da sua caminhada com o auxílio do exoesqueleto.
Mara experimentou a tecnologia em Nova York, nos Estados Unidos, durante uma missão de três dias. O equipamento funciona com uma programação que varia de acordo com a necessidade do paciente, como se inclinar, sentar, levantar ou andar. O objetivo é que os usuários também possam realizar tarefas do dia a dia, como atividades domésticas. Dessa forma, o exoesqueleto ajudaria a dar mais autonomia e longevidade aos pacientes.
Tecnologia pode vir para o Brasil
Linamara Rizzo Battistela, professora Titular de Medicina Física e Reabilitação da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, acompanhou Gabrilli nos testes. Ela comemora a possibilidade de trazer a tecnologia para o Brasil. “É uma referência importante para criarmos equipamentos que atendam hoje quem não tem acesso a serviços de saúde e reabilitação, pensando num conceito muito mais amplo, que é o de longevidade e qualidade de vida”, afirma.
A intenção da senadora é fazer uma parceria para trazer o projeto do exoesqueleto para o Brasil. Uma das ideias é a criação dos “Walk Centers”. Estes locais funcionariam como centros de condicionamento físico ou de ginástica voltados às pessoas com e sem deficiência. “Esses centros seriam vinculados às universidades públicas, que já possuem estrutura tanto de reabilitação quanto para a prática esportiva”, conta Mara. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 17,3 milhões de brasileiros têm algum tipo de deficiência.
Projetos de exoesqueleto brasileiro
Por aqui, existem estudos parecidos. Um exoesqueleto desenvolvido pela equipe do neurocientista brasileiro Miguel Nicolelis foi usado na abertura da Copa do Mundo do Brasil em 2014. Um paratleta deu o chute inicial do campeonato.
A rede de reabilitação Lucy Montoro também tem um exoesqueleto, mas com um funcionamento diferente. Nesse caso, a máquina faz todo o movimento pelo paciente. Já no Atalante, o usuário consegue andar sozinho.
Os exoesqueletos são estruturas “vestíveis” que ajudam no suporte e movimento do corpo humano. Eles já são vistos por especialistas como aliados na recuperação física e emocional. Segundo a Wandercraft, criadora do exoesqueleto, o equipamento já foi usado para tratar mais de 330 pessoas no ano passado.
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