Estudantes e professoras da Universidade montaram o material a fim de divulgar a vida e a carreira da vencedora do Nobel de Química.
Há 110 anos, a cientista polonesa Marie Skłodowska Curie (1867-1934) recebeu o Prêmio Nobel de Química. Contudo, nem sempre seu caminho favoreceu o seu trabalho, uma vez que a ciência não era vista como atividade feminina na época em que viveu. Para divulgar a história e a carreira de Marie Curie, o projeto Meninas e Mulheres nas Ciências, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), montou um livro de passatempos sobre a pesquisadora.
De acordo com a coordenadora do projeto e professora do Departamento de Química da Universidade, Camila Silveira, a vida de Curie envolveu muitas complexidades. “Ela sofreu inúmeras situações de violência e opressão, como misoginia e xenofobia”. Entretanto, costuma-se romantizar as situações pelas quais ela passou, segundo a professora.
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Referência por suas descobertas relacionadas à radioatividade, a cientista passou a infância na Polônia, chegou a visitar o Brasil e teve amizade com Albert Einstein – etapas retratadas no livro. Dessa forma, anagramas, caça-palavras, desenhos para colorir e outros passatempos contam os sessenta e seis anos de Marie Curie.
Você pode baixar o livro de passatempos sobre Marie Curie aqui.
Meninas e Mulheres nas Ciências
Liziê Prola, uma das autoras do livro e extensionista do projeto, reconhece que participar da escrita foi emocionante, uma vez que conheceu mais do legado de Curie. “Devemos muito a ela, como mulheres”, expõe.
Em busca de reconhecer a atuação feminina na ciência, o Meninas e Mulheres nas Ciências publica em seu blog passatempos e atividades sobre grandes cientistas e suas contribuições. Ademais, o projeto também desenvolve materiais didáticos para escolas e conteúdos para redes sociais voltados à participação feminina na ciência.
A professora Camila conta que as mulheres são sub-representadas na academia e, assim, ela decidiu unir esforços para incentivar sua presença na ciência. Assim, acrescenta que o objetivo do projeto é “incentivar e motivar as meninas a se interessarem pela carreira científica e também encorajar as mulheres que já estão na academia a alcançarem espaços de poder maior na vida acadêmica”.
“Queremos atuar fortemente em um processo de educação científica para a equidade de gênero e para a justiça social”, finaliza.
Reportagem de Isabela Stanga, sob supervisão de Ana Flavia Silva.