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Mostra de dança em Curitiba defende arte como inclusão social

4ª edição do Festival Para-Dançar possui no elenco artistas com deficiência física e intelectual. O evento é gratuito, começa hoje e vai até domingo (13/3). A arte não é restrita a certas pessoas, é, portanto, lugar de todas elas. Pensando nisso, o Festival Para-Dançar reúne apresentações, performances, oficinas, palestras, discussões e exibições de vídeos que […]
4ª edição do Festival Para-Dançar possui no elenco artistas com deficiência física e intelectual. O evento é gratuito, começa hoje e vai até domingo (13/3).

A arte não é restrita a certas pessoas, é, portanto, lugar de todas elas. Pensando nisso, o Festival Para-Dançar reúne apresentações, performances, oficinas, palestras, discussões e exibições de vídeos que tratam sobre a inclusão social através da dança.

A mostra chega em Curitiba hoje (10/3) e permanece na cidade até domingo, mas acontecerá simultaneamente em Ponta Grossa e Paranaguá. Na capital, o festival vai ocupar o Cine Passeio e a Casa Hoffmann. A entrada é gratuita.

Apoiando artistas com deficiência, o festival expõe que a arte é para todos. Foto: Brunno Martins

O elenco da exibição possui grupos de artistas com deficiência física e intelectual com objetivo de incentivar sua participação na arte. Dessa forma, algumas das participações da quarta edição do evento são a Companhia Gira Dança, de Natal (RN); Marcos Abranches Cia., de São Paulo (SP); Nó movimento em rede, de Curitiba (PR); e Roland Walter, da Alemanha.

Descobrindo o mundo

A Marcos Abranches Cia. apresenta “O Canto dos Malditos” no primeiro dia do Para-Dançar. O coreógrafo, de mesmo nome, é o único profissional brasileiro com paralisia cerebral a pesquisar dança contemporânea.

“A apresentação trata de momentos tristes, de solidão, de descobrir mundo, de depender de outras pessoas, mas também da descoberta de que meu corpo pode dançar e mostrar a minha arte. Dessa forma, O Canto dos Malditos tem esse foco em tirar da deficiência esse olhar de coitado e incapacitado”, expõe.

Por meio da dança, Marcos demonstra ser quem quiser ser, assim como as outras pessoas. Foto: Clarissa Lambert

Programação

Hoje, as apresentações são na Casa Hoffman e começam às 19h30. Além da peça de Abranches, também vão ser interpretadas “Hi, it is me”, com Roland Walter, artista alemão.

Já sexta-feira (11/3), a Companhia Gira Dança (Natal/RN) oferece um Laboratório de Criação em Dança. A oficina é aberta a todos os públicos, mesmo para pessoas que não tenham nenhuma experiência com dança. O Laboratório também será na Casa Hoffman e começa às 14h.

No domingo (13/3), o Para-Dançar se encerra com estreia no Cine Passeio da videonarrativa dançada Firmamento, produzida pelo coletivo Nó movimento em rede. A narrativa remonta a história de Eber Santos, quilombola nascido no interior do Paraná e que encontra dentro de si as suas raízes. A exibição será às 14h.

Além disso, ao final da exposição, acontecerá uma conversa com todos os artistas participantes do Festival, a qual será transmitida pelo YouTube.

Encontro Para-Dançar (Curitiba)

Ingressos uma hora antes de cada evento
Informações: contatocasahoffmann@gmail.com

Casa Hoffmann (R. Dr. Claudino dos Santos, 58 – São Francisco)
Dia 10/3 – 19h30
Hi, it is me, com Roland Walter (Alemanha), e Canto dos Malditos, com Marcos Abranches Cia.(SP)
14 anos

Dia 11/3
14h às 16h
Oficina Laboratório de Criação em Dança com Companhia Gira Dança (Natal/RN)
16 anos

Dupla Exposição 
19h30 às 21h30
Ministrantes: Andréa Sério, Cayo Vieira e Nadya Romanowski
16 anos

Cine Passeio (R. Riachuelo, 410 – Centro)
Dia 13/3 – 14h 
Vídeo-narrativa dançada Firmamento
Roda de conversa após o evento no Youtube

Reportagem de Isabela Stanga, sob orientação de Ana Flavia Silva.