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Mulheres crochetam “polvinhos do amor” para ajudar no desenvolvimento de bebês prematuros

Em quatro anos, o grupo Crocheteiras de Cia doou mais de 1.600 “polvinhos do amor” para os hospitais da região.
Em quatro anos, o grupo Crocheteiras de Cia doou mais de 1.600 “polvinhos do amor” para os hospitais da região.

Qual a relação de um polvo com o útero de uma mãe? Não há nada cientificamente comprovado, mas, para os recém-nascidos, o abraço dos dois é muito parecido! Assim, o grupo Crocheteiras e Cia, da cidade de Arapiraca, em Alagoas, passou a costurar os “polvinhos do amor” para os hospitais da cidade. 

A ação surgiu em 2017, inspirada no Spruttengruppen (The Danish Octo Project), um projeto que iniciou a confecção dos polvos há oito anos na Dinamarca, que logo se espalhou por outros 17 países.  Em quatro anos, o grupo de Arapiraca crochetou mais de 1600 polvos para os recém-nascidos.

Lussandra Maria, enfermeira, doula e criadora do Crocheteiras e Cia, conta ao podcast Trago Boas Notícias que conheceu os polvinhos enquanto fazia uma consultoria de amamentação. Ela ressaltou que não existe nenhuma pesquisa que comprove o fato, mas o polvo parece acalmar os pequenos. “O bebê desde pequeno se apega a esse brinquedo, que traz benefícios quando usados em uma UTI neonatal”.

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Polvinhos do amor: um abraço óctuplo

Segundo especialistas, os tentáculos do polvo lembram o cordão umbilical e, sua textura, a parede do útero da mãe. Dessa forma, os bichinhos oferecem uma sensação de segurança para os bebês. Foto: Prefeitura de Arapiraca/ Reprodução

Por serem macios e trazerem conforto para os bebês, os polvos de crochê fazem companhia aos recém-nascidos dentro da incubadora. Segundo médicos e pais, eles parecem ajudar a normalizar a respiração e os batimentos cardíacos dos pequenos.  

Além de confeccionarem os bichinhos, as crocheteiras de Arapiraca também promovem oficinas na cidade, em que ensinam gratuitamente suas técnicas a outras mulheres. Durante a pandemia, o grupo suspendeu suas atividades, contudo, espera retomar a produção em breve.

Reportagem de Isabela Stanga, sob supervisão de Ana Flavia Silva.