Mariana Capevilla, espanhola, e Cris Pagnocelli, paranaense, coloriram construções da capital. Assim, sua arte pode ser admirada por quem passa pela cidade.
Em Curitiba, como na maioria das cidades, predomina o cinza. O céu, que normalmente já é cinzento, combina com as estruturas monocromáticas dos edifícios. Entretanto, a arte se apresenta como um escape – e também um meio de alegrar a capital paranaense.
Em novembro, as artistas Mariana Capdevilla e Cris Pagnocelli começaram suas pinturas, usando-se de prédios curitibanos como tela. Mariana veio da Espanha e realizou uma obra que sintetiza a cultura de Curitiba através de um almoço em casa. Já Cris é paranaense e estampou coragem nas ruas da cidade.
A cultura no cotidiano
De acordo com a artista espanhola, foi uma grande experiência conhecer a cultura de Curitiba para realizar sua pintura. Nas redes sociais, Capdevilla explica a simbologia que quis passar por meio de sua imagem.
“Esta senhora representa qualquer imigrante anônima que viveu no bairro e deu forma à personalidade de Curitiba. Ela está imersa em sua rotina diária, em uma cena cotidiana que se enriquece com o aporte de tantas culturas. Está comendo uma pizza (referência aos italianos), enquanto segura com hashis (referência ao Japão) mandioca e abacaxis (referência à cultura indígena) e bebe uma cerveja alemã”. E assim por diante…
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Coragem
A paranaense Cris Pagnoncelli, por sua vez, estampou uma palavra na cidade: coragem. A arte foi feita em uma empena (lateral sem janelas dos prédios) e foi concluída em dezembro. Conforme a artista, “a gente não faz nada sozinhe”.
“Feliz demais por encerrar meu ano com um projetão desse e com mais uma arte gigante nas ruas de Curitiba”, celebrou em suas redes sociais.
Reportagem de Isabela Stanga, sob supervisão de Ana Flavia Silva.