Localizado em São Paulo, o espaço conta agora com telas interativas e reforço do sistema de segurança contra fogo.
Após o incêndio que o destruiu em 2015, o Museu da Língua Portuguesa abriu suas portas novamente no dia 31 de julho, em São Paulo. A capital paulista é a maior cidade do mundo com falantes do idioma. Dessa forma, a proposta do espaço é valorizar a diversidade da língua, mas agora com novidades interativas e com sistema reforçado de segurança.
Em entrevista ao G1, o curador do museu Hugo Barreto afirma que o objetivo das exposições é provocar o espectador para que enxergue a língua portuguesa para além de um objeto. “Eu costumo dizer que a gente sonha, a gente pensa, a gente ama em português, e as pessoas não pensam nessas diferentes dimensões que nos constituem”, defende.
A partir de agosto, é possível visitar o Museu da Língua Portuguesa de terça a domingo, das 9h às 16h30. Contudo, por causa da pandemia de Covid-19, é preciso comprar os ingressos antecipadamente, com dias e horários determinados.
Museu interativo, seguro e sustentável
Assim que ingressam no espaço, os visitantes recebem chaveiros interativos para aproveitar as novidades tecnológicas como as telas touchscreen (que não devem ser tocadas diretamente agora na pandemia). Entre as novas instalações, estão as exposições “Línguas do Mundo”, “Falares” e “Nós da Língua Portuguesa”, que destacam a diversidade de sotaques e de culturas dos países falantes do idioma.
Entretanto, o Museu também está mais seguro, a fim de evitar novos incêndios, segundo o site ArchDaily. Assim, foram instalados chuveiros automáticos (sprinklers) que agem de acordo com sinais de fogo. Ademais, o espaço recebeu certificação ambiental por apresentar técnicas sustentáveis em sua estrutura, visando economia de energia, de água e também o uso de madeira que atende às normas de sustentabilidade.
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Construindo uma nova história
Antes do incêndio que sofreu, em 2015, o Museu da Língua Portuguesa já tinha quase dez anos de história. Sua primeira inauguração foi em 2006 e, deste período até o fechamento, recebeu cerca de 3,9 milhões de visitantes, bem como 12 prêmios. Entre eles, destacam-se um diploma de reconhecimento na Unesco como melhor projeto na área de Comunicação e Informação em seu primeiro ano de atuação, e o Prêmio Darcy Ribeiro, concedido pelo Ministério da Cultura em 2011.
O objetivo do Museu, apesar da reconstrução, continua o mesmo: valorizar a língua falada por cerca de 280 milhões de pessoas ao redor do mundo. Desse modo, contou com o trabalho de sociólogos, museólogos, especialistas em língua portuguesa e artistas.
Reportagem de Isabela Stanga, sob supervisão de Ana Flavia Silva.