Um paciente tocou violão e cantou durante uma cirurgia para retirada de tumor cerebral, no Hospital Cajuru, em Curitiba. O “show” de Maurício Stemberg, de 55 anos, foi feito para garantir que partes importantes do cérebro relacionadas à comunicação não fossem afetadas no procedimento. Veja o vídeo abaixo.
O diagnóstico veio apenas duas semanas antes da cirurgia, que teve duração de 7 horas. Maurício passou metade desse tempo acordado.
“Os primeiros sintomas foram confundidos com cansaço, até que convulsões e desmaios acenderam o sinal de alerta e me trouxeram até o hospital”, conta Maurício. “A música me dá forças para superar qualquer obstáculo e poder tocar durante a cirurgia trouxe um novo significado para a minha carreira”, afirma. Além disso, ele também diz que carrega uma gratidão imensa pelo cuidado médico e pelo atendimento do hospital.
“O Maurício é a própria música. Quando olho para ele, vejo uma nota musical. Ele sempre acreditou que a música é uma força transformadora, e agora, essa mesma música se tornou uma aliada importante”, diz Sonia Stemberg, esposa do paciente, que explica a tranquilidade dele ao tocar e cantar durante a cirurgia.
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Cirurgia com paciente acordado
O neurocirurgião Carlos Alberto Mattozo que foi o responsável pela operação explica que casos como o de Maurício são delicados. Isso porque o tumor estava localizado em uma área relacionada aos mecanismos da fala e qualquer erro milimétrico poderia prejudicar a comunicação. Além disso, o paciente trabalha com música, o que foi determinante para a decisão de mantê-lo acordado durante a cirurgia no cérebro.
“Logo que o paciente soube que precisaria passar por uma cirurgia no cérebro, ele ficou preocupado com o impacto que isso poderia ter em suas habilidades musicais. Isso foi decisivo para realizarmos o procedimento com o Maurício tocando o violão”, conta o médico.
Primeiramente, o paciente é sedado e dorme na primeira parte da cirurgia. Neste momento, a equipe faz procedimentos de incisão e abertura do crânio. Depois disso, os médicos diminuem a dose da medicação para que o paciente acorde. Dessa forma, ele fica apto a responder a todas as perguntas do médico durante a cirurgia e executar ações, como tocar, cantar e conversar.
“Normalmente, o paciente é acordado durante o procedimento para fazer testes e verificar se há desenvolvimento de alguma alteração ou lesão neurológica”, explica o médico.
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*Leandro Bernardi sob orientação de Ana Flavia Silva