Mais de 200 moedas que datam dos séculos 3 a 5 foram localizadas ao lado da toca do animal. De acordo com os cientistas, provavelmente o texugo realizou a descoberta enquanto buscava comida.
Na Espanha, arqueólogos receberam ajuda de um texugo para localizar 209 moedas romanas que circularam entre os anos 200 a 400 depois de Cristo. O tesouro, que estava escondido na caverna de La Cuesta, na cidade de Berció, apareceu juntamente a um monte de areia. Este, por sua vez, deve ter sido obra do animal para entrar em sua toca.
Em dezembro do ano passado, os pesquisadores da Universidade de Madri confirmaram a descoberta, bem como a ajuda inusitada, nos Cadernos de Pré-História e Arqueologia da Universidade. No artigo, os arqueólogos afirmaram que o achado foi “excepcional”.
Ainda segundo a publicação, as moedas circularam em cidades do norte e do Mediterrâneo oriental, como Antioquia, Constantinopla, Tessalônica, Roma, Arles, Lyon e também Londres.
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Participação do texugo
Em janeiro de 2021, a grande nevasca Filomena atingiu a Espanha, paralisando boa parte do país. Além disso, a neve perturbou os ecossistemas, obrigando os animais a buscarem outras fontes de alimento em lugares não habituais.
Assim, os cientistas acreditam que o texugo foi procurar alimento na caverna onde estavam as moedas. Infelizmente para ele, não achou comida, mas sim as peças romanas.
Graças ao trabalho do animal, um morador da região encontrou as moedas semienterradas e alertou as autoridades. Desse modo, em abril do ano passado, uma equipe de arqueólogos e investigadores chegou ao local para recolher o tesouro.
Reportagem de Isabela Stanga, sob supervisão de Ana Flavia Silva.