Com as creches fechadas na pandemia e sem família perto, Karen e seu marido não sabiam como iriam cuidar da filha, até o professor dela oferecer uma solução
Aos 29 anos, Karen Cunningham é mãe da pequena Katie, que nasceu no ano passado, em meio à pandemia de Covid-19. Sem a família por perto, a jovem e seu marido não sabiam como cuidar da filha quando o trabalho presencial dos dois retornou. Isso porque Karen faz pós-graduação em biologia no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e passa muito tempo em laboratório.
Sensibilizado com a situação, Troy Litteton, professor do MIT e orientador de Karen, ofereceu uma solução temporária. Assim, em vez de um chá de bebê, os colegas da doutoranda arrecadaram dinheiro para comprar um berço portátil para Katie, colocado no escritório de Troy.
Em entrevista ao The Washington Post, o professor disse que sabe como ter um filho é difícil, sobretudo conciliar os cuidados com o trabalho. “Cuidar de crianças em qualquer profissão é um desafio, mas em ciências pode ser ainda mais desafiador”, afirma.
Uma ajuda muito bem-vinda… do professor!
A solução encontrada pelo professor é temporária, até que Katie complete um ano e possa ir para a escola. Mas tem ajudado muito Karen a cuidar da filha e a ficar próxima dela, mesmo trabalhando. Como a estudante passa muito tempo no laboratório, Troy cuida da bebê enquanto a doutoranda realiza suas pesquisas.
Em maio, o professor compartilhou em seu Twitter uma publicação com o bercinho de Katie, que diz: “Minha compra favorita de novo equipamento para o laboratório – um berço portátil para colocar no meu escritório para que minha aluna de pós-graduação possa trazer sua filha de 9 meses para trabalhar quando necessário. E eu posso brincar com ela enquanto sua mãe trabalha”.
A postagem viralizou, atingindo mais de 118 mil curtidas. Isso porque muitas pessoas ficaram comovidas com o ato de Troy. Ele, contudo, reforçou que os méritos são todos de Karen. “Ela é incrível para fazer tudo o que precisa com sua filha e ainda manter sua pesquisa”, escreveu.
Reportagem de Isabela Stanga, sob supervisão de Ana Flavia Silva.