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Professor dança com catadora de recicláveis e viraliza

Lucas Alfeu é professor de dança e conheceu Rose durante a pandemia. Um dia, ele a chamou para dançar e o vídeo fez sucesso.
Lucas Alfeu é professor de dança e conheceu Rose durante a pandemia. Um dia, ele a chamou para dançar e o vídeo fez sucesso nas redes sociais.

Em Mogi das Cruzes (SP), um professor de dança e uma catadora de recicláveis participaram de um momento especial. No mês passado, viralizou na internet um vídeo dos dois dançando juntos: a alegria do momento é contagiante!

O instrutor é Lucas Alfeu e, a mulher, Rose. O instrutor começou a dar aulas depois de largar a Engenharia e não se arrepende nem um pouco. Ele conta que a conheceu durante a pandemia, quando mudou seu studio de dança. “A Rose mora aqui perto do salão e sempre passa pegar recicláveis por aqui. Um dia, ela me chamou, disse que adorava dançar e que ficava encantada de ver a galera dançando pelo vidro”.

https://www.instagram.com/p/Ca-ebbevIa0/

Nesta ocasião, Lucas ficou sabendo que Rose queria muito dançar e a chamou para um dois-e-dois: “Vamos dançar agora?”. “Mas professor, estou toda suja”, ela respondeu. “Eu também estou, e você estava trabalhando então não precisa ter vergonha”.

Dança gravada e compartilhada

Um dos alunos que os acompanhava no studio gravou a cena, que emocionou os internautas. “Sem palavras pra descrever essa linda atitude sua, vc ganhou o dia mas não foi sozinho, ela tb com certeza e eu por tabela”, escreveu uma usuária. “Me emocionou ver o respeito e carinho que vc teve por ela”, completou outra.

A animação de Lucas e de Rose demostra a alegria de dançarem juntos naquele momento. Foto: Instagram/@alfeudance

Dançar para esquecer

“A Rose é uma pessoa sensacional, mas tem problemas com a bebida. Fomos descobrir isso depois que o vídeo viralizou, quando passamos a ter mais contato”, explica Lucas. Além disso, a situação de moradia da catadora é precária — segundo o professor, na última semana a casa dela foi alagada por causa das chuvas em São Paulo.

Contudo, mesmo com os problemas, ele ressalta que o amor da trabalhadora pela dança é antigo. Quando criança, ela morou em um orfanato e chegou até a participar de competições. “Não foi o primeiro contato dela com a dança e estamos torcendo para que ela possa se reeguer!”.

Apesar da repercussão do vídeo, Lucas expõe que poucas pessoas realmente se dispuseram a ajudar Rose. Foto: Só Vaquinha Boa/Reprodução

Pensando no bem-estar de Rose, foi criada uma vaquinha online para ajudá-la. A meta é arrecadar 15 mil reais, mas apenas 167 foram recebidos até agora. Você pode ajudar doando qualquer valor; acesse a ação neste link.

Reportagem de Isabela Stanga, sob orientação de Ana Flavia Silva.