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Mesmo à distância, projeto faz do tênis ferramenta de mobilidade social

O tênis é a aposta de um projeto de paulistano para contribuir com o futuro de jovens de baixa renda. Criado em janeiro, o Instituto Primeiro Serviço tem oferecido aulas à distância e treinos com profissionais de ponta para 37 meninos e meninas entre 12 e 24 anos. A maioria vem da comunidade de Paraisópolis, […]

O tênis é a aposta de um projeto de paulistano para contribuir com o futuro de jovens de baixa renda. Criado em janeiro, o Instituto Primeiro Serviço tem oferecido aulas à distância e treinos com profissionais de ponta para 37 meninos e meninas entre 12 e 24 anos. A maioria vem da comunidade de Paraisópolis, na zona sul de São Paulo. O foco é profissionalizar e levar oportunidades de mobilidade social aos participantes.

Nas quadras, nos torneios e na vida

A transformação vai além das quadras. Isso porque o projeto oferece aulas de português, inglês, educação financeira e preparação física. Dessa forma, cumpre a intenção de formar atletas, cidadãos e estudantes universitários. Entre as oportunidades estão orientações para o Enem e auxílio no pagamento das mensalidades dos cursos aos alunos já aprovados no vestibular.

Além disso, a assistência chega também às famílias, que recebem cesta básica e têm o vale-transporte custeado para os treinos de tênis.

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Expansão na pandemia

A chegada da pandemia de coronavírus poderia ter abalado os planos do projeto, porém o imprevisto foi uma oportunidade para expandir as ações. Durante a quarentena as aulas acontecem à distância. A experiência do projeto de tênis trouxe investimento no ambiente virtual e o foco agora é ampliar o número de participantes até o fim deste ano.

Com a mudança de planos, o projeto criou uma plataforma online para dar suporte às aulas. Assim, os jovens continuam participando das atividades programadas e mantêm a interação com os professores e palestrantes. Eles também têm acesso a uma psicóloga, que ajuda no tratamento da ansiedade provocada pelo isolamento social.

O Instituto vem desenvolvendo um app para ajudar no planejamento das aulas e treinos presenciais. A ferramenta deverá ser uma aliada na evolução dos alunos.

Além da formação de atletas

Instituto quer jovens preparados nas quadras, nos torneios e na vida. Imagem: divulgação.

A ideia de unir o tênis à formação educacional partiu de Fabiana Freitas, idealizadora do Instituto. A proposta inicial era auxiliar jovens que trabalham como pegadores de bola nas quadras de tênis.

“Temos muitos alunos que trabalhavam como pegadores de bola de grandes clubes do país. Eles vieram para o Instituto conseguir treinar, participar de torneios, ir para a faculdade e assim se manterem no tênis”, afirma.

Ela explica que além da formação de atletas, o projeto pretende ofertar dinâmicas interdisciplinares. “[Queremos] que além de terem uma boa classificação na Federação Paulista de Tênis, eles aprendam a se comunicar bem, cuidar das suas finanças. Queremos eles aprendendo outras línguas e desenvolvendo competências importantes no ambiente do tênis e na vida”.

Primeiro serviço

O nome do projeto faz alusão ao primeiro de dois saques que o jogador tem direito para colocar a bola em jogo no início de cada ponto. A metáfora está em oferecer aos jovens a oportunidade de desenvolver novas jogadas na vida, vencendo as diferenças e injustiças sociais.

Nas redes

Logotipo do projeto. Imagem: divulgação.

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Reportagem de Higor Augusto, com supervisão de Ana Flavia Silva.