Você já parou para pensar qual é o verdadeiro sentido da vida? Para que nós fomos criados e estamos nesse mundão de meu Deus, vivendo, aprendendo, apanhando, sorrindo e chorando…? Esse era o questionamento do Átrio dos Gentios 2018, um evento que a PUC-PR promoveu no início de setembro. E eu estive lá, para levar um pouco das minhas impressões sobre a vida, com base no que tenho aprendido aqui, com vocês, no Tudo Já Existe.
Eu falei um pouco sobre a minha história de vida, mesmo. Sobre como decidi ser jornalista e o que me moveu a criar o blog e o canal no youtube para falar só de notícias boas.
A plateia era composta por perfis bem diferentes, mas tinha uma turma especial de xóvens alunos da Rede Marista muito angustiados sobre o projeto de vida que tinham em mente. Entre o medos e anseios comuns da idade da galera entre 15 e 17 anos, o que mais me chamou atenção foi o pavor de escolher a “profissão errada”. E havia questões como: “meus pais querem que eu curse medicina, eu quero fazer teatro e cinema”, “meus pais não querem que eu estude fora, eu queria muito viajar”, “não sei se faço jornalismo, a profissão é boa?”. Como responder?
Euzinha da silva soube que queria fazer jornalismo aos 12 anos de idade. Um dia faço um vídeo contando a história. Mas antes de conseguir uma bolsa e entrar para a faculdade de comunicação, rolaram 6 meses de Licenciatura em Matemática (SIM!) na Universidade Federal do Paraná. O plano era migrar para engenharia. Se tivesse seguido, talvez hoje tivesse mais dinheiro. E menos realização pessoal, também. Mas eu me permiti errar. Escolher. Numa realidade em que o erro poderia significar o fim de uma “vida melhor” (vá ficar trocando de curso na periferia, meu bem, pra ver se o mundo não te engole).
Errar pra quê
Ninguém quer errar, é fato. Mas não dá pra negar que o erro é parte do processo. Uma menina perguntou (para mim e para o Fagner Zadra, que também compartilhou a história dele) como lidar com as frustrações. Eu como chocolate, respondi. Choro. Me tranco no banheiro de vez em quando, ou como uma torta de morango da Dois Corações. Depois levanto e sigo em frente. A vida é isso aí.
Zadra, um humorista muito bem sucedido que antes de se tornar conhecido em Curitiba chegou a passar fome e dormir no relento (e ficou paraplégico depois que um cubo de isopor caiu sobre a cabeça dele em um evento de teatro), lembrou que a vida sem frustrações não tem a menor graça. E essa é uma grande verdade. Já pensou se você tivesse tudo? Tudinho o que você quisesse na vida. Nada a conquistar. Nada a descobrir. Nenhuma “quebrada de cara”, nem que seja só para ter história para contar. Não erra quem não faz. Não se frustra quem não tenta. E Deus me livre de não me frustrar.
Pra mim, o sentido da vida é esse. Fazer o bem. O que nos faz bem (desde que não faça mal a ninguém). Sonhar, sonhar, sonhar e sonhar até realizar – ou se frustrar. E depois sonhar de novo. E refazer os sonhos. E se adaptar. Se a gente não tá nesse mundo para torná-lo a cada dia melhor, não sei então pra que estamos aqui. Para você, qual o sentido da vida?
**Fotos: divulgação PUC-PR