Você conhece a especialidade médica Gargadiologia? É o que os doutores palhaços levam aos pacientes dos hospitais em suas visitas. Os pacientes dos hospitais Cajuru e o Marcelino Champagnat, em Curitiba (PR), recebem a visita do grupo Terapia Intensiva do Amor (TIA), criado e administrado por Caroline Alcova. Mas ela também coloca a mão na massa, pois é palhaça e atua junto com os demais voluntários da ONG em sete hospitais de Curitiba.
A TIA possui atualmente duas frentes, o Plantão do Amor e o TIAtro. O primeiro é uma visita que os voluntários fazem aos pacientes, vestidos de palhaços, conversando e interagindo com cada um. Nestes momentos, Carol reconhece que a ideia é tratar o que está bom nos pacientes, que acaba ficando esquecido por causa da parte ruim, ou seja, a doença.
“Me lembro de uma vez que eu entrei para conversar com um senhor que estava com o corpo quase todo queimado. Perguntei se poderia contar uma piada, e ele disse que tudo bem, mas que estava meio triste e não falaria nada. Comecei a contar as piores piadas que você pode imaginar e ali aquele senhor se soltou. Ficou contando piadas para mim e minha dupla por uma hora e meia”, recorda Carol.
Alegria por meio do teatro
Já o TIAtro é um projeto recente, que começou em dezembro do ano passado ensaiando uma peça teatral para levar aos hospitais. A estreia foi na semana passada, nos hospitais Cajuru e Marcelino. A apresentação se chama Florescer em tempos de seca e mistura humor com uma história de resiliência e esperança.
O público vai do riso às lágrimas em dez minutos, o tempo de duração do espetáculo. Tudo começa quando um dos doutores palhaços vai até os quartos oferecendo ingressos para o teatro. Entretanto, a maioria dos pacientes nega o convite porque não pode sair do hospital. E é nesse momento que aparece o resto da turma, levando o teatro até aquelas pessoas. Assim, o clima no hospital se transforma.
Distração com alegria
A ideia era realmente levar as pessoas para fora de sua realidade, pelo menor tempo que seja. “E sentimos que isso realmente aconteceu. Foi mágico”, lembra Caroline. Para ela, ser palhaça é estar vazia e inteira ao mesmo tempo. Ou seja, vazia de suas preocupações e dores (ela inclusive fez visitas com nove meses de gravidez!), mas inteira para escutar as histórias dos pacientes e interagir com eles.
“O voluntariado para mim é um estilo de vida. Me sinto realizada e sinto que faço a diferença. Vejo hoje muita gente militando, falando de política e guerras, mas sem fazer nada. E o nosso papel? Fico feliz de fazer a minha parte e mudar o mundo de uma pessoa que seja”.
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Reportagem de Isabela Stanga, sob orientação de Ana Flavia Silva.