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Vacina contra hepatite B pode prevenir câncer de fígado

A hepatite B é uma infecção silenciosa que pode passar despercebida por anos e quando detectada pode ter causado doenças como câncer
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Vacina contra hepatite B pode prevenir câncer (Foto: Divulgação/Rovena Rosa/Agência Brasil)

A hepatite B, causada pelo vírus HBV, é uma infecção silenciosa que pode passar despercebida por anos. Por isso, quando detectada, é possível que ela já tenha causado doenças como cirrose e câncer de fígado. Porém, a vacina contra a hepatite B é uma potente arma de prevenção. Ela está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) para todas as faixas etárias.

A infectologista Raquel Stucchi, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), ressalta que a vacinação contra a hepatite B foi pioneira no combate ao câncer. “A vacinação reduziu drasticamente os casos de hepatite B e o risco de cirrose e câncer de fígado. Portanto, a vacina é fundamental”, enfatiza. O vírus HBV é o principal agente causador do câncer de fígado.

Transmissão

A hepatite B pode ser transmitida através de relações sexuais. Além disso, o contato com sangue contaminado e de mãe para bebê durante a gestação também são possibilidades de transmissão. Por isso, a vacinação logo após o nascimento é essencial para evitar a contaminação do bebê, conhecida como transmissão vertical. A vacinação de recém-nascidos deve acontecer preferencialmente nas primeiras 12 horas de vida, ainda na maternidade. 

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Além disso, o Ministério da Saúde alerta que o HBV é responsável por um terço dos casos de hepatite no Brasil. Na maioria das vezes, a infecção é assintomática. É comum que o diagnóstico só aconteça décadas depois da contaminação, quando surgem sintomas relacionados a problemas hepáticos.

A hepatite B ainda não tem cura e o tratamento oferecido pelo SUS visa reduzir o risco de complicações graves. Dessa forma, Raquel Stucchi explica que o tratamento com antivirais se estende por toda a vida.

“Se não fizer o teste, a pessoa só vai descobrir que tem o vírus quando já tem uma cirrose avançada ou quando desenvolve o câncer de fígado. O diagnóstico é feito facilmente, até em testes rápidos”, completa.

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*Leandro Bernardi, sob orientação de Ana Flavia Silva