Vila com 16 tiny houses foi construída com ajuda de voluntárias e de doações. Hoje, a lote pode abrigar cerca de 20 mulheres por vez.
Na cidade de Seattle, nos Estados Unidos, uma ação de voluntárias construiu uma vila de tiny houses (mini-casas) para servirem de abrigo a outras mulheres. Assim, o lote recebe mulheres que são mães ou estão grávidas, idosas, veteranas e casais do mesmo sexo que vivem em situação de vulnerabilidade social.
Nomeada “Whittier Heights Village”, a vila ficou pronta em 2018 e contou com ajuda de doações de instituições públicas e privadas. São 16 casas de cerca de dez metros quadrados. Cada casinha tem uma cama, espaço para objetos pessoais e pode abrigar uma família de duas a três pessoas.
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Esta foi a primeira iniciativa americana de construção de tiny-houses para mulheres. O movimento é famoso no país, mas nunca tinha assumido o viés de gênero até o momento. “Há muitas mulheres sem-teto. Algumas delas se sentem mais confortáveis em um ambiente de um único sexo”, disse Sharon Lee, diretora executiva do Low Income Housing Institute (Instituto de Habitação de Baixa Renda, em português), o qual foi responsável pelo projeto.
Força feminina
Para a obra, foram organizados mutirões e festas durante os finais de semana, buscando sensibilizar voluntárias para a causa. Dessa forma, a maioria da força de trabalho de construção foi feminina, com mulheres especializadas em carpintaria, elétrica, encanamento e pintura que decidiram ajudar.
“A ideia é colocar as pessoas em um ambiente seguro, para que não vivam mais em uma barraca ou em um saco de dormir na rua”, expôs Sharon ao site Crosscut. Mesmo que temporárias, as mini-casas são um lar para as mulheres que as habitam.
Reportagem de Isabela Stanga, sob orientação de Ana Flavia Silva.